O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu, nesta terça-feira (9/4), pelo arquivamento do processo que analisava as condutas de executivos e funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em operações de financiamento do setor de proteína animal durante os governos petistas, entre os anos de 2005 a 2014.
A fiscalização da Corte, que demorou mais de 10 anos, reconheceu a legalidade e o benefício financeiro para o banco das operações de financiamento da JBS na aquisição da Pilgrim 's Corporation e Bertin S.A. A Corte apontou que o grupo J&F, controlador da JBS, recebeu em investimentos da BNDESPAR o total de R$ 8,1 bilhões, que, segundo o TCU, geraram benefícios econômicos de R$ 22,9 bilhões ao BNDES.
O ex-presidente do BNDES entre maio de 2007 e maio de 2016, Luciano Coutinho, comemorou o resultado, dizendo que a decisão da Corte foi correta e justa, isentando a ele e a todos os funcionários do BNDES de quaisquer ilícitos em operações para o setor de proteína animal na instituição entre 2005 e 2015.
“Coutinho reitera que a atuação do Banco sempre foi pautada pelo rigor, integridade, impessoalidade e seguindo princípios éticos e legais. Ele destaca sua irrestrita confiança na impessoalidade dos processos colegiados do BNDES”, destacou a assessoria do economista, em nota à imprensa.
Apesar da aprovação pela corte, a recomendação do TCU é de que o banco evite repetir essa modalidade de financiamento em que a instituição fica com uma exposição elevada ao risco.