A defasagem dos preços dos combustíveis vendidos no Brasil em relação ao mercado internacional acendeu um alerta para a necessidade de um reajuste da gasolina num futuro próximo, com as cotações do barril de petróleo novamente na casa dos US$ 90 e o dólar em trajetória de alta.
Um relatório divulgado pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) nesta terça-feira (9/4) apontou que a gasolina comercializada pela estatal tem diferença de 18% (R$ 0,60) ante o Preço de Paridade de Importação (PPI). No caso do óleo diesel, a diferença nos preços está em 12%, em R$ 0,48 por litro.
O último reajuste realizado pela Petrobras foi há mais de 3 meses, em dezembro de 2023, quando reduziu o preço do diesel em R$ 0,30 por litro para as distribuidoras e o valor passou para R$ 3,48. No caso da gasolina, a última mudança foi em 21 de outubro do ano passado, quando houve redução de R$ 0,12 por litro.
A petroleira adotou, em maio passado, uma nova estratégia para os reajustes dos combustíveis, abandonando o PPI. Eventuais reajustes, de acordo com a companhia, obedecem a critérios técnicos e são de responsabilidade da diretoria.
Apesar da alta defasagem, a chance de um reajuste no momento é considerada nula por analistas de mercado diante da crise política e os embates sobre a saída de Jean Paul Prates do comando da companhia. Um aumento no preço dos combustíveis, neste momento, abriria margem para mais ataques contra Prates.
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