O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) divulgou nesta quinta-feira (4/4) os resultados do comércio exterior referentes a março. De acordo com os dados apresentados, houve queda tanto das exportações quanto das importações. No geral, apesar de registrar um superavit de US$ 7,5 bilhões no terceiro mês do ano, a balança comercial recuou 30,4% em relação a março de 2023.
No mês passado, as exportações caíram 14,8%, e alcançaram US$ 28 bilhões, ao passo que as importações recuaram 7,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, registrando valor nominal de US$ 20,5 bilhões. Ainda no mês passado, a corrente de comércio totalizou US$ 48,48 bilhões e o saldo foi de US$ 7,48 bilhões. Na comparação com o mesmo período em 2023, houve queda de 11,7%.
Os principais responsáveis pela queda da balança comercial no mês passado foram a soja e os óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus, que recuaram 26,7% e 35,5%, respectivamente, na comparação com março de 2023.
Por outro lado, no setor agropecuário, as exportações de café não torrado avançaram 23%, e ajudaram a evitar uma queda maior da balança no terceiro mês do ano. Também contribuíram para isso açúcares e melaços, que cresceram 77,2%, e óleos combustíveis de petróleo ou mineração, que avançaram 30,1%.
Já pelo lado das importações, houve queda de 17,6% na aquisição de óleos combustíveis de petróleo ou mineração e de 43,5% na de adubos e fertilizantes químicos. Apesar disso, houve aumento de 31,4% na compra de veículos automóveis de passageiros e de 14,2% em relação a óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus.
Primeiro trimestre positivo
Apesar da queda em março, o resultado geral nos três primeiros meses do ano foi positivo. No período, as exportações cresceram 3,2%, enquanto que as importações registraram queda de 1,8%. No geral, a balança comercial encerrou o primeiro trimestre de 2024 com aumento de 22,2%, somando US$ 19,1 bilhões de superavit em relação ao mesmo período de 2023.
Pelo lado das exportações, o setor que mais performou bem no primeiro trimestre foi o da indústria extrativa, que cresceu 18,7%. Já as vendas da agropecuária e da indústria de transformação para o exterior fecharam o mesmo período com quedas de 4% e 0,2%, respectivamente.
Diante dos novos dados apresentados, o MDIC revisou as expectativas para o comércio exterior em 2024. Na avaliação da pasta, a balança comercial deve encerrar o ano em queda de 25,7% (contra 4,6%, na última projeção) e saldo de US$ 73,5 bilhões, com as exportações recuando 2,1% e as importações avançando 7,6%. Ainda segundo a estimativa do ministério, a corrente de comércio deve terminar o ano com leve alta de 1,9%.
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