Servidores técnicos-administrativos da educação federal anunciaram, nesta quarta-feira (3/4), greve por tempo indeterminado. A categoria, que engloba servidores federais da educação básica, profissional e tecnológica, cobra reajuste salarial ainda neste ano. O governo, porém, propõe a revisão nos salários a partir do próximo ano.
Convocada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), a greve dos servidores nesta quarta contou com um protesto realizado às 9h, em frente ao Ministério da Educação (MEC), em Brasília. O movimento é nacional e se une à paralisação dos funcionários públicos das áreas técnicas de universidades e institutos federais, iniciada em 11 de março.
Diante do impasse na negociação com o governo federal, há uma expectativa de que outras categorias do serviço público federal entre em greve. Uma delas é a de professores de universidades federais que, segundo o Fonasefe, vão paralisar as atividades em 15 de abril.
- Servidores federais da educação pressionam governo por reajuste
- Servidores do IFB aprovam greve com início em 3/4
- Reajuste: veja o que está em jogo na reunião entre servidores e governo
Impactos da greve
A greve deflagrada nesta quinta afetará o funcionamento de cerce de 230 instituições federais da educação básica e técnica, segundo o Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe). Serão escolas como o Pedro II, no Rio de Janeiro, o Instituto Nacional de Educação de Surdos, o Instituto Benjamin Constant e os colégios federais vinculados ao Ministério da Defesa.
Correios
O movimento por reajuste salarial no serviço público federal também pode culminar na greve dos funcionários dos Correios. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telegrafos e Similares (Fentect) vai decidir, em assembleia prevista para esta quarta, se a categoria vai deflagrar uma paralisação. Além do reajuste salarial, os funcionários pedem abertura de concursos públicos, melhoria nas condições de trabalho.
Negociações em maio
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, tem afirmado em entrevistas à imprensa que uma retomada de negociações salariais com o funcionallismo público pode ocorrer em maio. Isso porque, ainda de acordo com Tebet, esse será o período em que o governo terá uma perspectiva de alcance da meta fiscal em 2024. Esse alvo diz que o Executivo não pode ter deficit primário nas contas públicas.