O Grupo Casas Bahia anunciou neste domingo (28/4) um pedido de recuperação extrajudicial com anuência dos bancos credores. O plano é renegociar R$ 4,1 bilhões em debentures e cédulas de crédito bancário.
A proposta é uma etapa da reestruturação da companhia anunciada em agosto, e prevê uma carência de dois anos para o pagamento de juros da dívida, e de 30 meses para a retomada dos pagamentos graduais da dívida principal.
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Os principais aspectos do plano são um alongamento da dívida da companhia, que pode ser paga, agora, em um período de até 72 meses (equivalente a seis anos), e uma renegociação dos juros pagos, que passarão a ser equivalentes ao CDI (uma taxa comum do mercado financeiro, que acompanha a variação da Selic, taxa básica de juros), mais uma taxa que pode variar de 1% a 1,5% ao ano.
O acordo inclui uma carência de 24 meses para pagamentos de juros e 30 meses para pagamento da divida principal. Assim, antes da renegociação, a empresa desembolsaria, até 2027, R$ 4,8 bilhões. Agora, a empresa terá de arcar, no mesmo prazo, com R$ 500 milhões.
Entretanto, a recuperação inclui apenas dívidas financeiras sem garantias, como debêntures e CCBs emitidas junto aos bancos. O Bradesco possui R$ 953 milhões em debêntures e o Banco do Brasil, R$ 1,272 bilhão, o que representa 54,5% do total das emissões contempladas no plano.
No caso desses dois bancos, os credores das dívidas financeiras da Casas Bahia também terão a possibilidade de converter parte dos créditos que têm com a empresa em ações.
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