Junto ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), entidades sindicais do serviço público federal assinaram nesta quinta-feira (25/4) o acordo de reajuste nos auxílios como os de creche, alimentação e saúde. A oficialização da proposta feita pelo governo aos sindicatos foi realizada no Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), em Brasília.
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A ideia de reajustar apenas os benefícios foi colocada à mesa pelo MGI, em uma reunião com diversas categorias do funcionalismo público federal realizada no dia 10 de abril. Com a oficialização da propostas, o auxílio-alimentação passa de R$ 658 para R$ 1 mil, a partir do mês que vem, com pagamento em 1º de junho.
O auxílio-saúde, que atualmente é de R$ 144,38, passará para cerca de R$ 215. Já o benefício na assistência pré-escolar passa de R$ 321 para R$ 484,90. Presente no evento de assinatura do reajuste nos benefícios, o secretário de Relações do Trabalho do MGI, José Feijóo, enalteceu as negociações com entidades sindicais do serviço público federal e classificou como positivo o reajuste nos auxílios.
"Havia uma demanda feita pelas entidades (federais) sobre a valorização dos benefícios, buscando uma aproximação com as categorias que são pagas pelos demais poderes da União, como o Legislativo e Judiciário. É evidente que não podemos chegar de uma única vez no valor pretendido, mas conseguimos produzir um bom reajuste", comentou Feijóo.
Ausência de categorias durante a assinatura
Durante a oficialização da proposta de reajuste de benefícios aos funcionários federais, foi possível constar a presença de sindicatos de diversas áreas do funcionalismo público. Mesmo assim, de acordo com o secretário de Relações do Trabalho do MGI, 17% das categorias não estiveram presentes durante a assinatura.
Segundo Feijóo, a ausência se deve ao fato de ainda existir categorias que não realizaram assembleias para decidir se aceitam ou não a proposta feita pelo governo. "Algumas delas (categorias) já nos avisaram que farão isso nos próximos dias. As que responderem positivamente vão assinar o compromisso (do reajuste nos benefícios) nos próximos dias", pontuou o secretário.
Feijóo ponderou, no entanto, que serão minoritárias as categorias que, após realizarem a assembleia, negarão a proposta do MGI. "A maioria do funcionalismo teve a preocupação com seus representados, no sentido de que eles não ficassem sem a valorização dos benefícios", considerou.
Greve
Enquanto havia a oficialização do reajuste nos benefícios ao funcionalismo público federal, servidores técnicos-administrativos da educação superior federal realizavam uma manifestação no pátio do Dnit. Em greve desde março, a categoria cobrava reajuste salarial neste ano.
Uma das manifestantes presentes no local era a técnica Ivanilda Reis. Ela, que preside a Federação das Associações de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), endossou a continuação da paralisação: "Nossa pauta é o início do reajuste neste ano".
A Fasubra foi uma das entidades que assinaram o termo de negociação para o aumento dos benefícios. "Assinamos porque a assembleia aprovou e interpretou ser algo positivo, mas isso não significa que deixaremos de defender as nossas pautas de reajuste salarial neste ano e a reestruturação da carreira", justificou.
Na educação, além dos técnicos, os professores estão em greve. Enquanto as categorias pedem aumento de 22,71%, dividido em três parcelas iguais de 7,06% em 2024, 2025 e 2026, o governo apresenta reajuste de 9% no salário, em 2025, e mais um de 3,5% em maio do ano seguinte.
Negociações
Questionado sobre a oficialização do reajuste nos benefícios em meio à greve de servidores da educação federal, Feijóo se mostrou confiante nas negociações com o objetivo de chegar a um consenso. "Acredito que no decorrer das negociações com essas entidades que estão em greve, nós acabaremos chegando a um acordo", pontuou.
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