A startup 'Sem Processo' utiliza, desde 2016, a tecnologia para entregar produtos e serviços que tornam o contexto jurídico mais efetivo e eficiente. Atualmente, a empresa utiliza a inteligência artificial como uma espécie de assistente jurídico, por meio de um chatbot — com a mesma tecnologia utilizada pelo Chat GPT, da Open AI. Nessa plataforma de perguntas e respostas, a equipe insere documentos jurídicos dentro da ferramenta e já produz, automaticamente, o resumo do que aconteceu em um determinado caso judicial.
"A gente tem um time aqui interno que faz todo esse trabalho de análise de documento jurídico, triagem, cadastro e todo esse trabalho é otimizado por essa nossa ferramenta. Então faz essa gestão de uma forma automatizada, o que auxilia muito no momento da revisão do documento", explica a Co-CEO do Sem Processo e líder de projetos focados em Inteligência Artificial, Ana Beatriz Couto.
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Com o avanço da tecnologia, o objetivo é treinar a ferramenta para desenvolver outras atividades, como análises preditivas de casos e confecção de documentos. Segundo a empresária, isso poderia reduzir consideravelmente o extenso trabalho realizado nos departamentos e escritórios jurídicos, além do poder público. De acordo com dados da Confederação Nacional da Justiça (CNJ), 31,5 milhões de novos casos ingressaram na Justiça em 2022. "A inteligência artificial, na verdade, representa algo que, de fato, remodela a forma como os produtos são desenvolvidos, geridos e comercializados. Falando especificamente do meu nicho, que é o jurídico, eu vejo que é um grande divisor de águas", acrescenta Ana Couto.
Um desafios é acompanhar os debates em torno da regulamentação, uma vez que ainda não há uma lei específica que detalhe isso.
Para aprofundar esse tema, o Correio Braziliense promoverá, no dia 30 de abril, o evento Inteligência artificial e as novas tecnologias: os impactos no mercado brasileiro, com o objetivo de debater aspectos de relevância sobre o atual cenário tecnológico no país. Um dos temas debatidos será sobre as "Perspectivas futuras e a nova tecnologia no Brasil".
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