Varejo

Intenção de consumo das famílias aumenta pela primeira vez no ano, aponta CNC

Nos últimos 12 meses, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) acumula alta de 6,1%

Na avaliação da CNC, redução das taxas de juros para pessoas físicas contribui para diminuição da inadimplência entre consumidores -  (crédito:  Kayo Magalhães/CB/D.A Press))
Na avaliação da CNC, redução das taxas de juros para pessoas físicas contribui para diminuição da inadimplência entre consumidores - (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press))

Após uma sequência de quatro meses em queda, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) voltou a aumentar em abril. Neste mês, o índice medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) registrou avanço de 0,4%, e atingiu os 103,1 pontos — em uma série de 0 a 200 pontos —, fechando o mês dentro da zona de otimismo (acima de 100).

Na avaliação da CNC, essa virada de curva no crescimento do índice é resultado direto da redução das taxas de juros para pessoas físicas, o que contribui para a diminuição da inadimplência entre os consumidores. “A disponibilidade de crédito desempenha um papel importante no consumo das famílias e, consequentemente, aquece a economia como um todo”, comentou o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), também conduzida pela CNC, 28,6% das famílias estavam inadimplentes no mês passado, percentual menor do que há um ano. Mesmo assim, Tadros observou que ainda há desaceleração do saldo de concessões de crédito nos últimos 12 meses. Portanto, o cenário é de atenção para o varejo, devido à redução desse tipo de recurso nos próximos meses.

A ICF acumula alta de 6,1% nos últimos 12 meses. Neste último mês, o índice foi alavancado, principalmente, pelas famílias de renda mais baixa. Segundo a pesquisa, os grupos que recebem mais do que 10 salários mínimos informaram alta de 0,8% na intenção de consumir, ao passo que aqueles que têm menor renda indicaram elevação de 0,4%.

“A curva ascendente, ainda que seja percebida nos dois espectros de renda, é mais acentuada para os que ganham mais”, apontou o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares.

Ainda de acordo com o levantamento, tanto as famílias consideradas mais ricas quanto aquelas que recebem menos tiveram um aumento na percepção do acesso ao crédito, de 1,2% e 0,4%, respectivamente.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

postado em 18/04/2024 16:12
x