O Índice de Confiança da Construção (ICST) apresentou queda de 1,0 ponto em março, atingindo 96,6 pontos. Segundo o indicador, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) nesta segunda-feira (25/3), o resultado reverteu mais da metade da alta observada no mês anterior.
Na média móvel trimestral, o índice ficou relativamente estável ao variar 0,2 ponto. Segundo a coordenadora de Projetos da Construção do Instituto, Ana Maria Castelo, a confiança setorial caiu devido à avaliação mais negativa em relação ao ambiente de negócios.
“As dificuldades de acesso ao crédito e à mão de obra qualificada continuam afetando parcela expressiva das empresas. No entanto, o setor se manteve otimista em relação à demanda dos próximos meses”, destacou.
O Índice de Situação Atual (ISA-CST) caiu 1,4 ponto em março, para 94,1 pontos, sob influências da situação atual dos negócios, que cedeu 3,2 pontos, para 93,5 pontos. O volume da carteira de contratos, por outro lado, subiu 0,3 ponto, para 94,6 pontos.
O Índice de Expectativas (IE-CST), por sua vez, apresentou uma queda mais modesta de 0,3 ponto, para 99,4 pontos. O indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses caiu 1,6 ponto, para 98,2 pontos, mas o indicador de demanda prevista para os próximos três meses subiu 1,0 ponto, para 100,5 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção variou 0,2 ponto percentual, para 78,3%. O NUCI de Mão de Obra permaneceu estável neste mês, mantendo-se nos 79,7%, enquanto o NUCI de Máquinas e Equipamentos cedeu 0,8 p.p., para 73,5%, respectivamente.
Obras residenciais
As empresas do segmento de Infraestrutura, especialmente, de Obras Viárias, chegaram ao fim do primeiro trimestre com os maiores índices de confiança. No entanto, na comparação com o último trimestre de 2023, a maior alta relativa ocorreu entre as empresas do segmento de Obras Residenciais.
Nesse segmento, o Índice de Expectativas (média do trimestre) avançou mais de 22 pontos, refletindo o otimismo dessas empresas com a demanda prevista. “Se em 2023, o mercado imobiliário mostrou grande resiliência ante as altas taxas de juros, em 2024, há forte expectativa de retomada mais vigorosa das vendas”, observou Ana Castelo.
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