Washington* — O deputado democrata Lou Correa, da Califórnia, demonstrou interesse em voltar ao Brasil, onde esteve em 2008, e sinalizou que é possível ampliar os negócios entre os dois países. É o que conta a embaixadora do Brasil nos Estados Unidos, Maria Luiza Viotti. Ela acompanhou a visita ao parlamentar do grupo de brasileiros no Capitólio, ao lado do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), Jorge Viana, do deputado federal Jorge Solla (PT-BA) e do senador Fernando Farias (MDB-AL), nesta quarta-feira (13/3).
A embaixadora contou que a conversa com o deputado democrata norte-americano foi rápida e ele demonstrou interesse no encontro de representantes dos Setores de Promoção Comercial (Secoms) e com secretários de Ciência, Tecnologia e Inovação (Sectecs) e de Agricultura com os países da América do Norte, em Washington, nesta semana, organizado pela Apex Brasil. “Falamos da reunião aqui e foi feito o convite para ele visitar o Brasil e ele disse que gostaria de intensificar o contato conosco, porque os temas prioritários para a agenda dele estão relacionados à região”, disse Maria Luiza Viotti, ao Correio.
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De acordo com integrantes da comitiva, o parlamentar democrata foi bastante pragmático e disse que os Estados Unidos, segundo maior parceiro comercial do Brasil, têm muito potencial para ampliar as relações não só com o Brasil, mas com outros países da região, como Cuba e Venezuela. Segundo eles, Correa disse: “Queremos fazer negócio”. E acrescentou: “A gente compete com a China, mas eu tenho certeza que somos melhores e precisamos entrar mais no Brasil e ganhar mais mercado”.
Mercado potencial
Na abertura do segundo dia de eventos na capital norte-americana que vem buscando aproximar mais empresários brasileiros e estrangeiros, o presidente da Apex Brasil lembrou que existem quase 1 mil oportunidades de novos negócios nos Estados Unidos identificados pela entidade. “Os EUA são o segundo endereço das nossas exportações e a maior origem do nosso estoque de Investimento Estrangeiro Direto (IED), que somaram US$ 1 trilhão no ano passado”, afirmou. Segundo ele, os Estados Unidos respondem por 23% desse montante, com um estoque em torno de US$ 233 bilhões no ano passado.
Mais cedo, Igor Celeste, gerente de Inteligência da Apex, fez uma apresentação na Embaixada do Brasil em Washington sobre o potencial de negócios entre o Brasil e os Estados Unidos e o Canadá. E, de acordo com ele, foram identificados 970 produtos de bens e serviços com oportunidade para serem comercializados nos Estados Unidos. “O Brasil exportou US$ 36,9 bilhões para os EUA, em 2023. Temos um potencial enorme nesses produtos. Se conseguirmos evoluir para uma participação adicional de mais um ponto percentual nos produtos, estamos falando mais US$ 9,2 bilhões para a nossa pauta exportadora”, disse.
*A jornalista viajou a convite da Apex Brasil
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