Os motoristas de aplicativos vão fazer uma manifestação, nesta quarta-feira (13/3), em frente ao Congresso Nacional, contra o projeto de regulamentação de trabalho da categoria. Segundo os representantes, a paralisação vai começar as 7h e vai até 12h. O objetivo é que o caráter de urgência do PLP 12/2024 — que prevê uma regulamentação —, seja derrubado.
São esperados cerca de 500 motoristas na manifestação. Os organizadores não pretendem ocupar as vias da Esplanada.
Para o presidente daFederação dos Motoristas por Aplicativo do Brasil (FEMBRAPP), Paulo Xavier, a expectativa é que o governo escute a reivindicação. "Esperamos sinceramente que nossos deputados e senadores ouçam a voz das ruas nesses atos e movimentos, repudiando assim como nós este PLP, bem como que outra regulamentação vinda dos motoristas por aplicativos seja construída, privilegiando os mesmos, trazendo dignidade e respeito", disse.
Wallison Rodrigues, 32 anos, que trabalha como motorista de aplicativo há 8 anos e é um dos organizadores da manifestação, explica que a reivindicação do ato é a derrubada do caráter de urgência do PL 12/2024. “Essa regulamentação foi elaborada pelo aplicativo de mobilidade, o sindicato que não nos representa, o Ministério do Trabalho e o governo”, afirma.
Segundo Rodrigues, a regulamentação proposta pelo governo não atende a demanda dos motoristas. “Essa PL não atende às nossas reivindicações. Para essa regulamentação, não ouviram os motoristas de aplicativos, que são quem trabalha todos os dias e sabem o que é necessário”, pontua.
“Esse projeto do governo é totalmente descabido, parece que foi feito de última hora. Por exemplo, a maioria dos motoristas tem custos por quilômetros, mas eles estão querendo pagar por hora. É totalmente inviável trabalhar nesta situação que o governo está propondo”, declarou.
O motorista ressaltou que há um projeto elaborado com a Frente Parlamentar dos Motoristas de Aplicativos junto aos motoristas que inclui o que é necessário para eles. “Nós não podemos deixar da forma que está. Eu concordo que haja uma regulamentação, mas uma que ouça os motoristas de aplicativo”, disse.