No Dia Internacional da Mulher, dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a desigualdade de gênero ainda é uma realidade no país e há muito o que avançar. Em 2022, a taxa de participação das mulheres no mercado de trabalho foi de 53,3% enquanto a dos homens foi de 73,2%. Além disso, o índice de informalidade delas (39,6%) é maior que a deles (37,3%).
No mesmo ano, enquanto as mulheres dedicaram, em média, 21,3 horas semanais aos afazeres domésticos e/ou cuidado de pessoas, os homens gastaram 11,7 horas. As mulheres pretas ou pardas dedicaram 1,6 hora a mais por semana nessas tarefas do que as brancas. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram divulgados nesta sexta-feira (8/3).
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Um outro fator preocupante é a diferença de salários, pois o rendimento das mulheres foi, em média, equivalente a 78,9% do recebido por homens. A maior diferença no rendimento, em 2022, estava no grupo de profissionais das ciências e intelectuais: elas receberam o equivalente a 63,3% da média dos homens.
Escolaridade e renda
O levantamento do IBGE também mostra diferenças raciais no acesso à educação, pois cerca de 39,7% das mulheres brancas de 18 a 24 anos estudavam, enquanto que entre as pretas ou pardas, essa proporção era de 27,9%. Já a proporção de mulheres brancas com 25 anos de idade ou mais que tinham completado o nível superior (29,0%) era o dobro do observado para as pretas ou pardas (14,7%).
Em relação à renda, da porcentagem de mulheres que estavam abaixo da linha de pobreza, ou seja, tinham renda diária per capita de até U$6,85, 41,3% são mulheres pretas ou pardas, contra 21,3% de mulheres brancas.
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