A Embaixada do Reino Unido anunciou, nesta terça-feira (26/3), investimento em oito projetos em parceria com o governo brasileiro, por meio do Financiamento Internacional para o Clima (ICF). A cooperação, que já rendeu mais de R$ 3 bilhões em investimentos britânicos no país, faz parte das ações de engajamento para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que acontece em 2025 em Belém (PA).
As iniciativas, voltadas para financiamento do clima, floresta, agricultura e energia, fazem parte do "UK Pact", e incluem parte para apoio ao Plano de Transição Ecológica, do Ministério da Fazenda; a estruturação de uma nova Estratégia Brasileira de Economia, por meio do Ministério do Meio Ambiente; além da revisão dos critérios de sustentabilidade para o Plano Safra e iniciativas junto ao Ministério da Ciência e Tecnologia.
O valor destinado a cada pasta não foi informado. De acordo com a embaixada, as parcerias firmadas incluem ainda o apoio ao BNDES e à Caixa Econômica Federal na mobilização de investimentos verdes e uma colaboração exclusiva com o estado de Minas Gerais.
A embaixadora britânica no Brasil, Stephanie Al-Qaq, destacou a importância da colaboração estratégica entre os dois países e lembrou que o Reino Unido é hoje um dos principais financiadores do campo climático no Brasil e o segundo maior parceiro em cooperação científica.
“O Reino Unido foi a primeira grande economia a reduzir para metade as suas emissões ao mesmo tempo em que aumentou a sua economia em 79%. Compartilhamos com o Brasil a visão de que a mudança do clima agrava desigualdades e que a transição ecológica traz grandes oportunidades de desenvolvimento econômico, mas precisa ao mesmo tempo reduzir a pobreza e ser justa”, disse Al-Qaq.
Novo edital
Além das parcerias já firmadas, foi anunciado hoje a abertura de um novo edital de 3 milhões de libras (R$ 18,9 milhões) para apoiar novos projetos no âmbito da Transição Energética. “Na COP do ano passado, o Reino Unido e o Brasil assinaram dois memorandos para a criação de plataformas de assistência técnica financeira, focados na geração de hidrogênio. Hoje, nós estamos anunciando um fundo adicional, um edital para o desenvolvimento do setor de energia”, informou o assessor de política energética da embaixada britânica, Valmir Dias.
Podem participar projetos governamentais e da sociedade civil, por intermédio do Instituto Clima e Sociedade (iCS). Na ocasião também foi celebrado um ano da Parceria Reino Unido-Brasil para um Crescimento Verde e Inclusivo, lançada em 2023 pelo então chanceler britânico, James Cleverly, em visita ao Brasil, junto ao Itamaraty e ao Ministério de Meio Ambiente e Mudança do Clima.
O desejo, de acordo com a embaixadora britânica, é viabilizar e facilitar o desenvolvimento de soluções e recursos para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas no Brasil. “Queremos uma parceria baseada no respeito, que impulsione mutuamente nossas prioridades nacionais e que seja concreta. Menos de um ano depois de lançarmos a parceria já estamos entregando resultados concretos e queremos fazer muito mais", ressaltou Al-Qaq.
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