A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) publicou nesta terça-feira (19/3) a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) do mês de março. Segundo o levantamento, o índice recuou 0,8% e atingiu os 104,1 pontos (em uma escala de 0 a 200), influenciado pela desaceleração do mercado de trabalho e pela dificuldade de acesso ao crédito.
Com mais um resultado negativo neste mês, o ICF registrou a quarta queda mensal consecutiva. Na comparação anual, a variação é a menor desde março de 2022 e fechou em 7,7%. Apesar disso, a entidade avalia que a continuação das variações anuais positivas é causada pela melhora das condições da taxa de juros, ainda que pequenas.
Entre as famílias de baixa renda o cenário é ainda mais complexo. Em março, a intenção de consumo desse segmento registrou mais uma queda, desta vez de 0,8%, e recuou aos 88 pontos, bem abaixo do patamar de otimismo (acima dos 100 pontos). As que recebem acima de 10 salários mínimos também tiveram queda no mês, mas em menor intensidade: 0,6%.
Para o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, o resultado deste mês mostra que as famílias mais pobres estão apresentando maiores dificuldades no mercado de capitais.
“E a desaceleração do mercado de trabalho também é um outro grande ponto de preocupação. Em relação aos subitens que compõem o Índice de Confiança das Famílias, destaca-se que o nível de consumo atual, o acesso ao crédito e o momento para duráveis estão a um nível de pessimismo, ou seja, estão abaixo dos 100 pontos”, avalia o especialista.
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
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