O Dia do Consumidor é celebrado nesta sexta-feira (15/3). A data é uma das mais relevantes para o varejo brasileiro, ficando atrás somente da Black Friday. O Brasil aderiu ao evento em 2014, e desde então, vem crescendo e conquistando cada vez mais clientes, se tornando a oportunidade perfeita para o comércio eletrônico apostar em ofertas e ações que aproximem o público da empresa.
Segundo pesquisa recente do eBit, 73% dos consumidores preferem comprar on-line pela facilidade e 52% das pessoas aproveitam as inúmeras promoções que ocorrem nessa e em outras datas comemorativas. No entanto, é importante tomar cuidado com as “pegadinhas” que podem ocorrer.
De acordo com Rodrigo Garcia, diretor executivo da Petina Soluções em Negócios Digitais — startup de performance de marketplaces nacionais e internacionais —, a desconfiança para as compras online ainda é um obstáculo para as compras pela internet no Brasil. “O papel do marketplace é forte para passar essa credibilidade. É possível observar diversas propagandas, como por exemplo: ‘devolva sem custo’, para o cliente ficar mais confiante”, afirma.
Pensando nisso, ele listou 5 pontos a se atentar para evitar “furadas”:
Marketplaces
Atualmente, muitos clientes se sentem inseguros ao comprar on-line devido às possíveis fraudes, principalmente na hora do pagamento. Por isso, comprar nos marketplaces — e não em sites desconhecidos — é uma boa saída.
Vale sempre ficar de olho antes de efetuar a compra. “O comprador deve verificar se as opções oferecidas estão de acordo com a sua necessidade, e se não precisará cadastrar dados que não queira disponibilizar, por questão de segurança”, ensina Garcia.
Entrega e frete
Com descontos significativos, é importante também prestar atenção se o prazo de entrega e o valor do frete são de fato atrativos e compensam fazer aquela compra. “Não vale a pena pagar mais barato em um produto que demore semanas para chegar, por exemplo, ou tenha um frete muito caro”, diz o especialista.
O frete grátis é citado como a “promoção preferida” de 78% dos consumidores, e 38% deles levam em consideração o tempo de entrega.
Sites falsos
Outro cuidado importante é prestar atenção na autenticidade dos sites, já que sempre existe o risco de serem falsos. “Para evitar esse tipo de problema, o consumidor deve realizar uma busca e consultar o site do Procon, que disponibiliza uma lista de sites que não são confiáveis. O Reclame Aqui também ajuda, pois exibe a reputação de cada empresa”, sugere Garcia.
De acordo com o executivo da Petina, nesse sentido, o marketplace também pode ajudar, já que o site que faz o anúncio será responsabilizado em caso de fraude. “Comprar via marketplace é, de forma geral, sempre mais seguro. Isso porque existe uma bandeira que dá garantia à transação caso haja algum transtorno em relação ao site parceiro”, ressalta o especialista.
Compras necessárias
De acordo com as pesquisas recentes da AlliN, Social Miner, Opinion Box e Bornlogic, 58% das pessoas aproveitam as promoções para comprar o que julgam ser imprescindível no dia a dia — como produtos de limpeza e higiene pessoal. Além disso, 56% buscam por objetos de desejo com menor preço.
“É importante que o consumidor analise, na hora da compra, se está comprando algo que realmente queira ou deseje, ou se está fazendo isso apenas por impulso. A compra por impulso gera arrependimento e, por isso, deve ser evitada”, recomenda Garcia.
Cuidado com o famoso “desconto falso”
Assim como na Black Friday, o consumidor deve ficar atento se os descontos oferecidos realmente são verdadeiros, ou se são o famoso “metade do dobro”, já que existem lojas que agem de forma maliciosa e sobem os preços de determinados produtos antes de anunciarem a “promoção”. O ideal para evitar esse tipo de situação é sempre monitorar os valores dos itens desejados com alguns dias ou semanas de antecedência.
“Os sites sérios não adotam esse tipo de prática, e nesse caso o marketplace também é uma boa alternativa, pois a bandeira seleciona os sites parceiros, que podem sofrer punições e até mesmo ser descredenciados em caso de práticas inadequadas como essa”, finaliza Garcia.
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