O banco americano Goldman Sachs reduziu o preço-alvo para as ações da Petrobras em 11%, em relatório a clientes nesta segunda-feira (11/3). A instituição financeira manteve a recomendação de compra para os papéis, apesar de reconhecer o aumento do risco de investir na companhia, devido ao risco de intervenção do governo na empresa após eventos recentes.
A recomendação foi dada após a decisão do conselho de administração da Petrobras de não pagar dividendos extraordinários – que são pagos ao acionista quando a empresa tem um aumento de caixa além do esperado. Repercutiu mal no mercado os ruídos de que a decisão teria partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Acreditamos que poderá haver algumas preocupações no mercado sobre o potencial de decisões menos favoráveis aos acionistas no futuro”, diz o relatório.
O Goldman tem recomendação de compra para as ações de Petrobras, com preço-alvo a R$ 43,50 para as ações ordinárias (PETR3) e R$ 39,60 para as ações preferenciais (PETR4).
Na última sexta-feira, as ações da petrolífera desabaram após a empresa não anunciar dividendos extraordinários na divulgação dos resultados do quarto trimestre e de 2023. Os papéis chegaram a perder mais de 13% ao longo do dia, no pior desempenho das ações da estatal desde 22 de fevereiro de 2021. Com o recuo das ações, a Petrobras perdeu R$ 55,3 bilhões em valor de mercado.
O anúncio do pagamento de apenas R$ 14,2 bilhões em dividendos aos acionistas frustrou o mercado. A expectativa do consenso LSEG era de uma distribuição de valores em torno de R$ 30 bilhões a 35 bilhões. Em nota, a Petrobras ressaltou que a distribuição dos dividendos está alinhada ao “compromisso de geração de valor para a sociedade e para os acionistas, assim como às melhores práticas da indústria mundial de petróleo e gás natural”.
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