Riyadh, Arábia Saudita — A Arábia Saudita pode se transformar em um “hub” de montagem e distribuição da principal aeronave militar da embraer, o KC-390, e, a partir dali, a empresa não descarta no futuro ampliar seu mercado para Ásia e África.
“Queremos transformar a Arábia Saudita num hub da Embraer”, afirmou o vice-presidente da Embraer Defesa e Segurança para Oriente Médio, Ásia-Pacífico, Caetano Spuldaro Neto, durante palestra na Conferência Arábia Saudita Brasil, promovida pelo grupo Líderes empresariais (Lide). Nesse sentido, pode estar ali, em meio aos petrodólares, a primeira linha de montagem da empresa fora do Brasil.
“O KC-390 é o produto brasileiro mais inovador do seu segmento de negócio, transporte militar tático, com capacidade de 26 toneladas de caga. Pode gerar uma economia de US$ 2 bilhões aos sauditas em 30 anos”, comentou Spuldaro Neto em sua fala.
A Embraer está na fase de conversas exploratórias no país, em sintonia com a “visão 2030”, de modernização da economia saudita. Além da linha de produção, a Embraer vislumbra um aumento da sua cooperação com os sauditas com escritórios de engenharia, compra de componentes locais e serviços para seus produtos.
Nos últimos anos, os negócios entre Brasil e Arábia Saudita subiram de US$ 5 bilhões para US$ 7 bilhões, conforme lembrou o embaixador da Arábia Saudita no Brasil, Faisal Ghulam, na mensagem exibida na abertura do evento. E a tendência é que esses valores cresçam.
“A realização deste evento é sina de a relação entre os dois países está em ascensão”, comentou o embaixador.
*Repórter enviada especial ao evento
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