O mundo precisa de financiamento e a tributação dos mais ricos, proposta que o governo brasileiro está levando aos ministros de finanças e presidentes de bancos centrais das 20 economias mais ricas do planeta, é um dos instrumentos adequados para propiciar estes investimentos, disse o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan nesta quarta, 28.
"A gente está apresentando esta proposta hoje para o G20, que é um fórum complexo, com países com vários interesses. A gente sabe disso, mas a gente não pode se furtar a propor um instrumento. O mundo vai viver essa necessidade. Viveu na pandemia e vai viver outras", disse o secretário-executivo da Fazenda em conversa com jornalistas.
De acordo com ele, as mudanças climática vão impor a necessidade de criação de mecanismos de reação e de respostas e o mundo precisa se coordenar.
Segundo Durigan, um dos mecanismos que nasce tributação dos mais ricos é levar para o âmbito global o que o Brasil já vem fazendo internamente, que é o combate aos privilégios. Para ele, isso tem que começar de algum lugar. Sabe-se que a OCDE toca dois pilares: tributação das big techs e outro que envolve incorporações, empresas.
"É possível pensar num terceiro pilar que é uma governança completa, quem vai liderar isso com o tempo e que olhe para a renda, ganho de capital e herança. É esse tipo de debate que nasce hoje a partir desta proposta. Ele deve frutificar e gerar diálogos", disse acrescentando ser possível haver alguma reação, mas que pelo que tem sido conversado com nas reuniões bilaterais dentro do G20 os países europeus têm apoiado o Brasil nas linhas gerais.
Durigan disse que apesar de a proposta estar andando bem, ainda não há uma definição de alíquotas para a tributação dos mais ricos.
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