G20

Reunião do G20 deve ter comunicado mais curto, diz secretária da Fazenda

O texto de orientação para os debates do encontro, que deve ser concluído hoje, será apresentado pelos ministros das finanças e presidentes de Bancos Centrais amanhã

A secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, disse nesta terça-feira (27/2) que a 2ª Reunião de Deputies de Finanças e Bancos Centrais do G20 resultará em um comunicado mais curto do que o tradicional. Em briefing à imprensa, ela afirmou que o documento deve “refletir as prioridades brasileiras”.

O texto de orientação para os debates do encontro, que deve ser concluído hoje, será apresentado pelos ministros das finanças e presidentes de Bancos Centrais amanhã (28) e deve conter as considerações dos titulares sobre economia global, riscos e oportunidades e prioridades para este ano, além de servir como uma orientação geral para os grupos de trabalho.

“Estamos avançando em direção a um comunicado curto, que reflita as prioridades brasileiras e dê orientações para a trilha financeira, para o conjunto dos grupos de trabalho e iniciativas ao longo do ano”, disse Rosito.

Entre os pontos que o Brasil quer ver discutidos estão a tributação global e o uso mais eficiente dos organismos de fomento internacionais, principalmente no que se refere ao financiamento à transição econômica.

"O Brasil tem propostas concretas a apresentar. O G20 não é um fórum executivo, as decisões aqui tomadas, em consenso, podem ser projetadas nos diversos países em ações domésticas, e também se refletirem nos conselhos dos organismos dos quais fazem parte os ministros de finanças e os presidentes de Bancos Centrais", destacou a secretária.

Rosito está representando a Fazenda nos encontros prévios à 1ª reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20, que vai acontecer entre 28 e 29 de fevereiro no Pavilhão da Bienal, Parque Ibirapuera, em São Paulo.

Sessões temáticas

Estão previstas quatro sessões temáticas relacionadas à desigualdade, crescimento, estabilidade financeira, tributação internacional e dívidas dos países. Os debates visam identificar melhores práticas para lidar com o aumento da dívida global, o financiamento para o desenvolvimento sustentável e as perspectivas do setor financeiro para os próximos anos.

Na quarta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participarão das sessões temáticas da reunião ministerial. Em paralelo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá uma série de encontros bilaterais e eventos à margem da reunião ministerial.

Como testou positivo para covid-19 na segunda-feira, o chefe da equipe econômica presidirá as reuniões de forma virtual, com a participação do secretário executivo da pasta, Dario Durigan.

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