O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, lamentou a morte do economista Affonso Celso Pastore nesta quarta-feira (21/2). Segundo ele, o ex-chefe da autoridade monetária sempre defendeu a autonomia da instituição.
“É uma enorme perda”, disse Campos Neto, após evento promovido pela Frente Parlamentar da Economia Verde, em Brasília. “Ele sempre foi apaixonado pelo Banco Central, pelas causas do Banco Central, defendeu a autonomia. Defendeu todos os nossos projetos e a nossa agenda recentemente. É uma enorme perda”, enfatizou.
O chefe da autoridade monetária recordou quando encontrou o economista uma vez em um avião. “Ele vinha fazer um depoimento na época em Brasília sobre o tema da Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) estar junto com o Banco Central. Falei para ele: ‘Professor, o senhor está indo para Brasília?’ Ele falou: ‘Sim, sempre que tiver um tema do Banco Central, pode me chamar porque sou apaixonado pelo Banco Central e sempre vou proteger as causas do Banco Central”, contou.
Campos Neto disse ainda que Pastore era uma pessoa muito querida e muito comentada no âmbito de banqueiros centrais e destacou um artigo recente escrito pelo economista sobre a evolução inflacionária.
Carreira
Um dos economistas mais respeitados do país, Pastore foi secretário da Fazenda de São Paulo entre 1979 e 1983 e presidiu o Banco Central do Brasil entre 1983 e 1985, durante o governo do então presidente João Figueiredo. O economista teve atuação nas negociações sobre a dívida externa brasileira com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Pastore faleceu nesta quarta aos 84 anos. Ele havia sido internado para passar por uma cirurgia no último sábado (17), mas não resistiu. A causa da morte não foi divulgada. O velório será realizado esta tarde no cemitério do Morumbi, zona sul da capital paulista.
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