Funcionalismo

Servidores do BC param por 48 horas e ameaçam greve por tempo indeterminado

Segundo o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central, a paralisação deve provocar uma "asfixia operacional e burocrática" no BC, com impacto significativo no funcionamento do órgão

Os servidores do Banco Central decidiram parar as atividades por 48 horas a partir desta terça-feira (20/2). Segundo o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), o movimento é uma resposta à contraproposta de reajuste salarial apresentada pelo governo, considerada insuficiente.

A entidade avalia que a paralisação deve provocar uma "asfixia operacional e burocrática" no BC, com impacto significativo no funcionamento do órgão. Os servidores também alertaram que, caso não haja avanços na próxima reunião com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), que deve ocorrer amanhã (21), "haverá um indicativo para a deflagração de uma greve por tempo indeterminado".

A categoria está mobilizada há alguns meses. Embora os serviços essenciais sejam mantidos, o BC enfrenta atraso principalmente na divulgação de informações, como o Boletim Focus, cuja publicação foi adiada para quinta-feira (22).

Exigências não foram atendidas

"Com essa ação, os servidores buscam pressionar o governo a negociar de forma mais efetiva e a atender às demandas por melhorias consideradas essenciais para o fortalecimento da carreira e do próprio órgão", disse o Sinal em nota assinada pelo presidente do sindicato, Fábio Faiad.

A proposta do MGI, criticada pelos servidores, inclui reajuste salarial de 13%, pago de forma parcelada em 2025 e 2026. Para os trabalhadores, porém, o valor é insuficiente e a proposta não contempla outras exigências, como a obrigatoriedade de nível superior para o cargo de Técnico, a mudança do nome do cargo de Analista para Auditor e a criação de uma Retribuição por Produtividade Institucional.

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