A queda da taxa de desemprego no Brasil, que chegou a 7,4% no quarto trimestre de 2023, teve redução em apenas duas das 27 unidades da Federação (UFs). Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Trimestral, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (16/2), o resultado mostra uma desaceleração gradual da formação de empregos ao longo do ano passado.
No último trimestre, os estados do Rio de Janeiro (de 10,9% para 10%) e do Rio Grande do Norte (de 10,1% para 8,3%) foram os únicos em que o desemprego teve queda estatística significativa entre os meses de outubro e dezembro.
Segundo a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, “no Rio de Janeiro, houve crescimento acentuado da ocupação, principalmente nas atividades industriais e de outros serviços”. No caso do Rio Grande do Norte, explicou, “o recuo da taxa foi influenciado pela redução do número de pessoas procurando trabalho no período”.
Nos dados por recorte regional, as variações estatísticas relevantes são aquelas que mostram flutuações consideráveis na taxa de desocupação nos estados e podem variar por diferentes motivos, desde o aumento de trabalhadores no grupo de ocupados, como pelo aumento de trabalhadores procurando emprego.
Outros dois estados registraram destaque pelo aumento na taxa: Rondônia (de 2,3% para 3,8%) e Mato Grosso (de 2,4% para 3,9%). As demais não tiveram variações significativas. Entre os dois estados com a desocupação em alta, a pesquisadora ponderou que os cenários são distintos.
“Em Rondônia, houve uma redução no número de trabalhadores, com maiores perdas de ocupação na agricultura e no comércio. Já em Mato Grosso, embora houvesse aumento na ocupação, a expansão acentuada do número das pessoas procurando trabalho contribuiu para o crescimento da taxa de desocupação no estado”, afirmou Beringuy.
No quarto trimestre do ano passado, as maiores taxas de desocupação foram registradas nos seguintes estados:
- Amapá: 14,2%
- Bahia: 12,7%
- Pernambuco: 11,9%
- Rio de Janeiro: 10%
- Distrito Federal: 9,6%
As menores taxas foram registradas em:
- Santa Catarina: 3,2%
- Rondônia: 3,8%
- Mato Grosso: 3,9%
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