O ministro das Finanças da Alemanha, Christian Lindner, disse estar confiante em um acordo entre os líderes de finanças do G20 para a assinatura de um comunicado conjunto, tradicionalmente divulgado após o fim da reunião. Em coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (29/2), ele reforçou que não é possível se concentrar apenas nas discussões econômicas.
Apesar da tentativa do Brasil de desviar das tensões geopolíticas, Lindner reiterou que a Alemanha só apoiaria um comunicado se as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza forem mencionadas.
O ministro se mostrou favorável ao uso dos ativos congelados da Rússia para a reconstrução da Ucrânia. O tema foi alvo de debate paralelo ontem (28) pelos membros do G7 grupo dos sete países mais desenvolvidos economicamente do mundo, composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
Após o início da guerra no leste europeu, em fevereiro de 2022, os países ocidentais congelaram aproximadamente € 300 bilhões (R$ 1,6 trilhão) como forma de sanção aos ataques russos. Os bens vão desde ativos do banco central a iates, propriedades imobiliárias e outros bens de oligarcas próximos ao presidente Vladimir Putin.
As profundas divisões entre os países sobre as guerras em Gaza e na Ucrânia fizeram com que a reunião de ministros das Relações Exteriores do G20, que aconteceu na semana passada no Rio de Janeiro, terminasse sem um comunicado conjunto.
A secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, embaixadora Tatiana Rosito, coordenadora brasileira da trilha de finanças do G20, afirmou ontem que a negociação da parte econômica do comunicado produzido pelo grupo já havia sido concluída e que agora seria submetida aos líderes de finanças de cada país.
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