A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, afirmou que a Casa Branca está comprometida com a agenda de combate às mudanças climáticas e prometeu apoiar a agenda do Brasil na presidência do G20, com foco em reduzir a desigualdade social e a pobreza.
Em uma prévia das discussões que serão tratadas na reunião de ministros de finanças e presidentes de bancos centrais do grupo das maiores economias do mundo, Yallen parabenizou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pela aprovação da reforma tributária.
“É vital que o Brasil crie condições para o setor privado investir e crescer. Eu parabenizo o ministro Haddad por conquistar uma reforma tributária realmente histórica. Isso melhorará o modo de fazer negócios aqui, incluindo para empresas americanas que buscam investir", disse, em seu discurso inicial.
A secretária do Tesouro participou de um painel com a ministra do Meio Ambiente Marina Silva, organizado pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham), em São Paulo. O evento teria a presença de Haddad, mas o ministro testou positivo para covid-19 e não pôde comparecer.
Yellen reforçou que o objetivo do governo de Joe Biden é manter a maior economia do mundo conectada às oportunidades de cooperação internacional e disse que os EUA estão alinhados com as perspectivas do Brasil na presidência do grupo e no combate à desigualdade. “Isso está alinhado com o nosso trabalho em casa, de chegarmos em pessoas e lugares que muitas vezes foram deixados para trás.”
Parceria Brasil-EUA
Sobre a cooperação entre os dois países, ela destacou ainda o bom momento da economia americana e disse querer ajudar o Brasil a explorar oportunidades no exterior. “Há uma grande oportunidade para o Brasil se tornar mais integrado às cadeias globais de valor, e os EUA serão um forte parceiro do Brasil neste esforço. Passos como lidar com altas tarifas externas e avançar na adoção de regras e padrões da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) poderiam tornar o Brasil mais atrativo a investidores estrangeiros”, afirmou.
Transição ecológica
Ela chamou atenção ainda para as oportunidades para o setor privado no âmbito da transição ecológica. "O Brasil está particularmente bem posicionado para se beneficiar da transição global para a neutralidade de carbono. Vocês têm a vantagem de ter uma matriz energética já largamente baseada em renováveis", comentou.
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