Obituário

Em nota de pesar, BC relembra atuação de Pastore à frente do órgão

Presidente da autoridade monetária entre 1983 e 1985, o economista Affonso Celso Pastore deixou "marca profunda nos estudos de economia desenvolvidos no Brasil", diz nota

Na nota divulgada, o BC afirma que Pastore se dedicou ao trabalho de lançar as bases de uma economia estável e com crescimento sustentável -  (crédito:  Rafa Neddermeyer/Agencia Brasil)
Na nota divulgada, o BC afirma que Pastore se dedicou ao trabalho de lançar as bases de uma economia estável e com crescimento sustentável - (crédito: Rafa Neddermeyer/Agencia Brasil)

O Banco Central (BC) divulgou uma nota de pesar nesta quarta-feira (21/2) pela morte do ex-presidente da instituição, o economista Affonso Celso Pastore, aos 84 anos, que não resistiu após passar por um procedimento cirúrgico. Ele comandou a autoridade monetária entre os anos de 1983 e 1985, durante a gestão de João Figueiredo na Presidência da República.

Na nota divulgada, o Banco Central relembra a passagem do economista pela autarquia e afirma que Pastore se dedicou ao trabalho de lançar as bases de uma economia estável e com crescimento sustentável. Além disso, segundo o BC, o intelectual buscou compreender o que levava o país aos problemas considerados crônicos, como a inflação e o desequilíbrio das finanças públicas.

  • O economista Affonso Pastore (à esquerda), em 1983, quando foi empossado presidente do BC, ao lado de Marcilio, Maluf e Sarney Arquivo CB

“Deu significativa contribuição para a resolução do problema do endividamento externo brasileiro. Com exímia habilidade, foi negociador junto ao Fundo Monetário Internacional e os bancos credores internacionais, ajudando de forma definitiva a evitar que o país entrasse numa situação de insolvência externa”, relembra o BC em nota.

Trabalho acadêmico

O texto ainda cita os trabalhos do economista desenvolvidos nas universidades e destaca o legado deixado por Pastore que servirá como inspiração a uma geração de ex-alunos. A nota cita ainda que o ex-presidente do Banco ganhou, ainda em vida, o reconhecimento dos mais renomados economistas do país.

E conclui dizendo que "sua partida deixará uma lacuna no debate econômico brasileiro". “Sempre manteve um diálogo generoso com o Banco Central, dando apoio inestimável às causas da instituição. Deixamos nossas condolências para Maria Cristina Pinotti, esposa de Pastore, demais familiares, amigos e os muitos colegas de trabalho e da academia.”

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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postado em 21/02/2024 16:37 / atualizado em 21/02/2024 16:39
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