Exportação

Com Lula no Egito, carne brasileira conquista via rápida de exportação ao país

Ministério da Agricultura anunciou acordo que valida previamente os exportadores com registro de fiscalização de produtos animais brasileiros

Na lista de proteínas beneficiadas com a medida, anunciada em meio à chegada de Lula ao Cairo, estão carne suína e de aves, além da carne bovina -  (crédito: Agência Brasil)
Na lista de proteínas beneficiadas com a medida, anunciada em meio à chegada de Lula ao Cairo, estão carne suína e de aves, além da carne bovina - (crédito: Agência Brasil)

Com a chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Egito, nesta quarta-feira (14/2), o Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil (Mapa) anunciou mais um acordo que facilita a exportação de proteína animal ao país africano. Com o protocolo firmado ontem, a fiscalização do Sistema de Inspeção Federal de Carnes (SIF) valerá como um "pre-listing" de habilitação para as exportações brasileiras ao Egito. 

Na lista de proteínas beneficiadas com a medida, além da carne bovina, estão carne suína e de aves. As negociações começaram em novembro do ano passado, após um encontro do secretário-adjunto da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais  (SCRI), Julio Ramos, com o vice-ministro de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura do Egito, Saad Moussa. Também está sendo negociada a abertura do mercado egípcio para pescados e derivados brasileiros.

“O 'pre-listing' reflete o alto grau de confiança no controle sanitário brasileiro, especialmente no Serviço de Inspeção Federal, cuja excelência é reconhecida por mais de 150 países importadores. O Egito, um dos seis maiores importadores mundiais de carne bovina do Brasil, e líder na importação de carne de aves do nosso país, demonstra a força e o potencial de crescimento das relações comerciais estabelecidas. Somente no ano passado, conquistamos quatro novos mercados no Egito, entre eles o de algodão”, afirmou Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

Sem o acordo, estabelecimentos brasileiros precisavam passar por auditorias presenciais de autoridades egípcias, procedimento que implicava em altos custos para os exportadores brasileiros, limitando o número de estabelecimentos autorizados a exportar para o país. Além do custo elevado e a dificuldade em agendar essas inspeções com os funcionários do governo egípcio, cerca de 30 empresas brasileiras esperam, desde 2019, para a habilitação.

Em 2023, o Brasil exportou para o Egito mais de US$ 1,7 bilhão em produtos, com 22%, ou US$ 384 milhões em carnes, o que somou mais de 130 mil toneladas enviadas ao país do norte da África.

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postado em 14/02/2024 16:35
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