O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou, nesta segunda-feira (29/1), que os dados de arrecadação de janeiro permitem à equipe econômica manter a meta estabelecida pelo governo de zerar o saldo fiscal em 2024. Sem antecipar os números, o secretário afirmou que o governo tem conseguido recuperar a base de receitas e, por isso, é cedo para falar em cortes de gastos ou mudança na meta de fiscal.
“No momento, as notícias são animadoras em relação a 2024. Seguimos conforme o planejado para o ano”, afirmou Ceron, ao comentar os dados do relatório do Tesouro Nacional, divulgado nesta manhã. "Para 2024, temos metas arrojadas que serão perseguidas e, da mesma forma, vamos mostrar com transparência o que afetou negativamente e positivamente a busca desses resultados", completou.
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Apesar do saldo negativo de R$ 230,5 bilhões em 2023, Ceron avaliou a performance das contas públicas no ano passado como “satisfatória”, uma vez que esse montante se deveu, em grande parte, a gastos extraordinários. “O resultado fiscal foi satisfatório em relação aos objetivos traçados. Se descontarmos os efeitos de precatórios, ficamos bem próximos do que buscamos ao longo do ano”, disse ele, referindo-se ao pagamento de dívidas determinadas por decisões judiciais que o governo teve que pagar em dezembro, num total de R$ 92,4 bilhões. Além dos precatórios, o secretário mencionou compensações a estados e municípios que influenciaram negativamente as contas do governo.
Segundo o secretário, se esses fatores fossem retirados do saldo, o déficit ficaria em 1,08% do Produto Interno Bruto (PIB), bem próximos do objetivo da equipe econômica, de 1% do PIB. "Nos parece um bom resultado daquilo que foi perseguido, considerando o que tivemos de intercorrência ao longo do exercício e que nos atrapalha, de certa maneira, do que perseguimos", comentou o secretário.
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