Material escolar

Material escolar pode ficar até 9% mais caro em 2024

Crianças e adolescentes seguem de férias por mais algumas semanas, mas muitos pais e responsáveis já se planejam para a temida volta às aulas, pesquisando preços de materiais escolares

Crianças e adolescentes seguem de férias por mais algumas semanas, mas muitos pais e responsáveis já se planejam para a temida volta às aulas, pesquisando preços de materiais escolares. E é importante mesmo se preparar: a previsão do setor é que os produtos da lista fiquem entre 7% e 9% mais caros para este ano letivo, segundo a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares.

Os principais componentes que impactam os preços são os aumentos de custos de papel, de embalagens e de alguns produtos importados. Isso sem contar a grande variação de preços registrada entre itens de uma loja para a outra. Diante de um cenário econômico pouco favorável, toda economia é bem-vinda, principalmente quando a família conta com mais de uma criança em seu núcleo.

Valdo Virgo - ECO-Materiais escolares

Para Ana Oliveira, que está à frente da Papermall Papelaria, do Rio de Janeiro, os pais devem ter cautela e pesquisar preços para não acumular dívidas em 2024. “Ao comprar qualquer item, a pesquisa de preços é essencial. O ideal é avaliar os preços nas lojas físicas e on-line, que costumam ter promoções diferenciadas. Afinal, é normal encontrar o mesmo item mais barato no site do que na própria loja. Isso acontece porque as empresas têm menos custos com as operações on-line e podem oferecer descontos mais atrativos”, aponta.

No entanto, segundo ela, no caso da compra on-line, o consumidor deve ficar atento a fatores como: a veracidade do site ou número de WhatsApp; os comentários das pessoas que já compraram e receberam; e as políticas de devolução, que podem mudar de loja para loja.

Sustentabilidade

Outra alternativa para economizar este ano é com uma estratégia mais sustentável. A troca de materiais escolares tanto ajuda a economizar quanto promove a sustentabilidade. É o caso da carioca Bárbara Costa, 41 anos, moradora do bairro Barra da Tijuca.

Mãe do Pedro, 12 anos, ela administra um grupo do WhatsApp de troca de material e uniforme. Bárbara participa do coletivo há 5 anos. Os livros dos filhos, utilizados no ano passado apenas com lápis, este ano foram doados para outra família. Já os uniformes e livros previstos para 2024 foram doados por uma terceira família, que também segue nesse ciclo de reutilização. “Este ano vou economizar mais ou menos R$ 3 mil. Atualmente, qualquer economia é bem-vinda”, conta a mãe.

A educadora financeira Aline Soaper, idealizadora da EfincKids, metodologia ministrada a crianças dentro do ambiente escolar para ensinar educação financeira, diz que o ideal é que os pais tenham se programado ao longo de 2023 para os gastos de início de ano.

“Se a família não se preparou para as compras escolares, este será um momento importante para fazer ajustes e, assim, não comprometer o orçamento familiar. O ideal é avaliar os gastos que podem ser cortados e as reservas que podem ser utilizadas. Exemplo disso é o 13º salário. Quem conseguiu guardar uma parte, pode aproveitar para usar o valor agora”, explica.

Mais Lidas