Em entrevista ao programa CB.Poder — parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília — desta quarta-feira (31/1), o diretor superintendente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Donizete Tokarski, sublinhou o poder transformador associado aos combustíveis renováveis, especialmente o biodiesel, etanol, bioquerosene e diesel verde.
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“O combustível fóssil traz vários problemas para a saúde. É um problema que causa uma preocupação a todos nós pelo uso do combustível fóssil, já o biodiesel reduz o material particulado e não tem enxofre. São vários aspectos ligados à saúde pública, a qualidade que o biodiesel traz é indiscutível”, disse.
De acordo com informação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o biodiesel traz benefícios para a saúde pública, ao reduzir a emissão de poluentes prejudiciais, como os Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos (HPA), presentes nos combustíveis fósseis e reconhecidos como cancerígenos pela organização. A redução de material particulado e a ausência de enxofre no biodiesel contribuem para a melhoria da qualidade do ar, beneficiando especialmente os mais de 20 milhões de asmáticos no Brasil.
Tokarski destacou avanços na gestão do setor de biocombustíveis pelo governo atual, que reconhece os benefícios sociais, econômicos, ambientais e de saúde pública associados ao biodiesel. Ele ressaltou a importância das políticas públicas, como o projeto Combustível do Futuro, que busca criar um ambiente favorável para o desenvolvimento sustentável dos biocombustíveis, garantindo segurança jurídica e estabilidade para o setor.
“Nós estamos avançando. O governo atual tem reconhecido os benefícios sociais e econômicos e ambientais à saúde pública, isso o governo passado teve uma certa dificuldade. O projeto de lei do Combustível do Futuro está na pauta do congresso nacional. Ele tem um progresso para o biodiesel, com mais segurança jurídica e estabilidade para o setor”, contou.
Combustível do Futuro
O projeto Combustível do Futuro, que visa diversificar as matérias-primas utilizadas, incluindo bioquerosene e diesel verde é um potencial de aproveitamento de resíduos, como óleo de cozinha usado e resíduos de frigoríficos, para a produção de biodiesel, ressaltando a necessidade de conscientização e coleta eficiente desses materiais.
“Cria a política de diversos biocombustíveis, tratando da política de bioquerosene e da obrigatoriedade que as empresas aéreas vão ter de utilizar, também trata do diesel verde, que é um produto que pode substituir o diesel fóssil”, ressaltou.
Para Donizete Tokarski, os biocombustíveis representam uma janela de oportunidade para o Brasil, que possui condições favoráveis para liderar a transição energética. Essa oportunidade pode agregar valor aos produtos nacionais. Por isso, com políticas públicas adequadas e investimentos contínuos, o país pode consolidar sua posição como líder na transição energética.
“Hoje, o próprio ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, falou que os biocombustíveis são uma janela de oportunidades para o Brasil. Nós temos que nos apropriar, esse é o momento do Brasil”, concluiu.
*Estagiária sob a supervisão de Ronayre Nunes
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