Indústria

Confiança na indústria é a maior desde agosto de 2022, indica FGV

Indicador que mede a confiança do empresário na economia chega a 97,4 pontos, melhor resultado desde setembro de 2022

De acordo com o levantamento, a confiança melhorou em 15 dos 19 segmentos industriais pesquisados pela Sondagem -  (crédito: José Paulo Lacerda/ CNI)
De acordo com o levantamento, a confiança melhorou em 15 dos 19 segmentos industriais pesquisados pela Sondagem - (crédito: José Paulo Lacerda/ CNI)

O empresário da indústria começou o ano de 2024 apostando em melhorias no setor. É o que revela a última edição da Sondagem industrial, divulgada nesta segunda-feira (29/1) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE). A pesquisa mostra que o Índice de Confiança da Indústria (ICI), subiu 1,8 ponto em janeiro, passando a 97,4 pontos, melhor resultado desde agosto de 2022, quando chegou aos 100 pontos.

Segundo Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE, o alto índice de janeiro “reflete a percepção de melhora dos empresários em relação à situação atual, resultado do aumento da demanda e do movimento de escoamento de estoques que alcançam o nível neutro pela primeira vez desde 2022”.

De acordo com o levantamento, a confiança melhorou em 15 dos 19 segmentos industriais pesquisados pela Sondagem. O resultado reflete melhora tanto nas avaliações sobre a situação atual quanto nas expectativas em relação aos próximos meses. O Índice Situação Atual (ISA) subiu 2,8 pontos, para 97,8 pontos, maior patamar desde setembro de 2022, quando o índice foi de 100,3 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) avançou 0,8 pontos, para 97,0 pontos. “Em relação aos próximos meses, há uma melhora das expectativas sobre o ambiente de negócios e produção prevista de forma disseminada entre segmentos da indústria. Essa evolução parece estar relacionada a um cenário de facilitação de crédito, controle da inflação e de melhora na demanda durante o ano que se inicia”, comenta Pacini.

O que mais influenciou na melhora em relação à situação atual, foi o item que mede o nível de estoques. Houve queda de 4,5 pontos no mês, para 99,4 pontos. Segundo a FGV, é a primeira vez que o indicador fica abaixo do nível de neutralidade desde setembro de 2022. Quando o nível de estoque cai é bom, porque significa que a produção está escoando, a indústria está vendendo seus produtos. Quando este indicador está acima de 100 pontos, sinaliza que a indústria está operando com estoques acima do desejável.

O indicador que mede o nível atual de demanda subiu 1,9 pontos, para 95,4 e o que avalia a situação atual dos negócios, 2,1 pontos, para 97,8 pontos. Em relação às expectativas para o próximo período, o que mede a produção nos três meses seguintes subiu 3,6 pontos, para 99,3 pontos. A tendência dos negócios nos seis meses seguintes avançou 2,8 pontos para 96,5, maior patamar desde setembro de 2022 (98,5 pontos).

O único indicador a recuar foi o que mede o ímpeto sobre as contratações, que caiu 4,1 pontos, para 95,4 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (NUCI) manteve relativa estabilidade ao variar -0,1 ponto percentual em janeiro, para 81%.

A sondagem industrial coletou informações de 1063 empresas entre os dias 1º e 24 de janeiro.

 

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

postado em 29/01/2024 09:22
x