A produção de café no Brasil passa por uma recuperação nacional. De acordo com a produtora rural Raquel Miranda, assessora da Comissão Nacional de Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em 2020, a safra bateu recorde, quando o país superou 63 milhões de sacas das variedades arábica e robusta. Em entrevista aos jornalistas Roberto Fonseca e Thays Martins, no programa CB.Agro, uma parceria entre o Correio e a TV Brasília, desta sexta-feira (26/1), Raquel relembrou que os sérios problemas climáticos acometidos entre 2020 e 2022 prejudicaram a produção nacional.
“O ano de 2023 começa com uma leve recuperação e, em 2024, nós temos uma recuperação, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de 5,5%”, complementa Miranda. É esperado que o país produza 58,7 milhões de sacas de café, dando luz a um cenário importante de sinalização para o mercado internacional. “A safra de 2024 vem com uma recuperação em boa hora e trazendo uma boa notícia, tanto para o produtor rural como também para o mercado internacional”, complementa.
Frente às questões climáticas extremas que cercam toda a extensão do território brasileiro, Miranda evidencia que os produtores de café estão cada vez mais buscando implementar boas práticas agrícolas.
Assista a entrevista na íntegra:
“Administrar uma propriedade rural é administrar uma empresa a céu aberto e que ela está sujeita a essas questões climáticas. É necessária a recuperação de nascentes, conservação de um solo com qualidade de matéria orgânica, de um solo vivo. Isso tudo contribui para que as plantas tenham melhor vigor para atravessar momentos de extremo calor como está acontecendo nas principais regiões produtoras”, acrescenta a assessora.
Miranda reitera que a atenção dada aos terrenos pelos produtores é imprescindível, principalmente em tempos de renovação de lavouras. “O café é uma planta perene que vai ficar 20 anos no campo. Logo, nós temos observado, no novo parque cafeeiro e nessas áreas de replantio, uma procura por material genético resilientes a essas mudanças climáticas, produtivo, e que tenha uma melhor aptidão, para dar luz a um café de qualidade”, conclui Raquel Miranda.
* Estagiária sob supervisão de Carlos Alexandre de Souza
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