O vice-presidente de políticas públicas da General Motors para América do Sul, Fabio Rua, adiantou que o plano da Chevrolet no Brasil para os próximos anos é investir pesado nos carros elétricos. A declaração ocorreu após o anúncio de um novo ciclo de investimentos de R$ 7 bilhões no país para os próximos quatro anos. A novidade foi confirmada em encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio da Alvorada, na manhã desta quarta-feira (24/1).
Além de Fabio, estiveram presentes na reunião, o presidente global da empresa, Shilpan Amin, e o presidente da GM América do Sul, Santiago Chamorro. Em conversa com jornalistas, o executivo lembrou que, no ano passado, a participação dos carros elétricos nas vendas de automóveis em 2023 ficou entre 2% e 3%. Segundo ele, ainda há desafios tecnológicos que precisam ser enfrentados.
“O nosso futuro é elétrico, (isso é) inquestionável, e ninguém vai voltar atrás em relação a isso. Normalmente, o Brasil faz parte de uma porção importante dos investimentos que a gente tem no mundo, e também teremos elétricos aqui em algum momento. O ‘timing’ para que isso aconteça, vai depender das condições de mercado”, disse o vice-presidente.
Neste ano, a GM deve anunciar seis novos modelos para o portfólio da Chevrolet no país. Dentre eles, dois serão elétricos: o Blazer EV, que será um SUV Premium, e o Equinox EV (um SUV mais básico). Atualmente, a empresa conta com mais de 600 pontos de revenda e mais de 24 mil funcionários espalhados por todo o país.
Sobre o encontro com Lula, Fabio Rua disse que o presidente demonstrou estar ‘extremamente aberto’ aos investimentos da empresa no setor automotivo nacional. “Ele tem um histórico que vocês todos conhecem, da indústria automotiva, então ele tem um carinho especial pela indústria automotiva e ele quer ajudar”, disse.
Especulação sobre saída do país
O vice-presidente da empresa ainda foi questionado se não houve a possibilidade de a montadora fechar as fábricas no país, a exemplo da concorrente americana Ford. Sobre essa hipótese, ele reiterou que a informação é falsa e acrescentou que ainda podem ser anunciados outros investimentos durante os próximos quatro anos (2024 a 2028).
“Essa é a primeira fase do novo ciclo de investimento da GM. A depender de como a concorrência vai se posicionar, a depender da aceleração das perspectivas que esses novos programas de governo serão anunciados, a gente pode voltar em breve com novos aportes e um cronograma um pouco mais definido”, afirmou Rua.
*Estagiário sob a supervisão de Pedro Grigori
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