Sustentabilidade

Marina Silva diz que decisão sobre exploração de petróleo é do governo

Ministra do Meio Ambiente participou de painel no Fórum Econômico Mundial que discutiu desenvolvimento na Amazônia

Marina Silva participou de paniel em Davos, na Suíça -  (crédito: Joédson Alves/Agência Brasil)
Marina Silva participou de paniel em Davos, na Suíça - (crédito: Joédson Alves/Agência Brasil)

A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, disse ontem, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, que a exploração do petróleo na bacia da Foz do Amazonas é uma definição do governo federal. Ela foi questionada sobre o tema ao participar do "Equilíbrio para a Amazônia", sob mediação do apresentador Luciano Huck.

"A decisão de explorar ou não petróleo no Brasil não é tomada pelo Ministério do Meio Ambiente, é uma decisão do governo, do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) [ligado ao Ministério de Minas e Energia]", disse a chefe da pasta.

A Petrobras estima que a área de exploração na região pode render 14 bilhões de barris de petróleo. "O mundo vive uma contradição: enfrentar o problema da mudança climática com uma matriz energética que é preponderantemente fóssil [...]. Então o debate é estratégico no mundo e dentro de cada país. No caso da Foz do Amazonas nós negamos a licença já por duas vezes, em 2018, e agora na minha gestão. Por razões ambientais", completou Marina Silva.

Ela reforçou a importância da floresta para o desenvolvimento econômico, social e cultural. "A Amazônia tem a possibilidade de estabelecer um novo paradigma, que a gente não repita aquilo que aconteceu em outras regiões, em outras áreas, como no caso da Mata Atlântica, que já teve uma floresta de 1 milhão e 300 mil km² e hoje temos apenas algo em torno de 9% a 10% da Mata Atlântica. Na Amazônia ainda é possível fazer diferente", concluiu.

Cortes de juros

A primeira vice-diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath, afirmou ontem que é muito cedo para ter uma posição conclusiva sobre o nível de cortes de juros por bancos centrais neste ano, considerando que o combate a inflação ainda não terminou. A autoridade destaca, por exemplo, os mercados de trabalho relativamente apertados nos EUA e na zona do euro.

"Os mercados estão esperando que os bancos centrais reduzam as taxas de forma bastante agressiva — acho que é um pouco prematuro chegar a essa conclusão", disse ela, em um painel de discussão no Fórum Econômico Mundial em Davos.

Na visão dela, é mais provável que os cortes nas taxas de juros ocorram no segundo semestre de 2024.Gopinath também aponta que os juros serão, na média, mais elevados do que no período de taxas baixas após a crise financeira de 2008. (Com Agência Estado)

*Estagiária sob a supervisão de Luana Patriolino

 


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postado em 17/01/2024 05:30
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