Divídas

Somente 3 em cada 10 brasileiros juntaram dinheiro em 2023, aponta pesquisa

Com o ano novo, novas dívidas devem aparecer. Para o especialista Fernando Lamounier, educador financeiro e diretor de novos negócios da Multimarcas Consórcios, a educação financeira é o caminho para sair do vermelho

O levantamento da Koin trouxe, ainda, quais são as principais formas de pagamento utilizadas pelos consumidores -  (crédito: Arquivo/Agência Brasil)
O levantamento da Koin trouxe, ainda, quais são as principais formas de pagamento utilizadas pelos consumidores - (crédito: Arquivo/Agência Brasil)

O ano começou e muitos brasileiros já estão com a cabeça quente pensando em como liquidar as contas de janeiro, como o Imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA), Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), matrículas, material escolar, além das despesas extras no cartão de crédito e as fixas como contas básicas de água, luz, telefone, aluguel e alimentação. Segundo a pesquisa da fintech Koin, somente 3 em cada 10 brasileiros afirmaram que guardaram dinheiro ao longo de 2023 para aliviar o baque das despesas do início do ano, enquanto 17% assumiram que não planejaram.

Para o especialista Fernando Lamounier, educador financeiro e diretor de novos negócios da Multimarcas Consórcios, a educação financeira é o caminho. “É necessário que a educação financeira seja cada vez mais incentivada. A consciência de gastos e o planejamento para realização de grandes projetos beneficia não apenas o detentor do dinheiro, mas todos ao seu redor”.

O uso da regra 50, 30, 20, ajuda na organização das finanças e prioriza as despesas mais importantes, evitando o endividamento. A regra financeira é simples e separa o orçamento em três partes: 50% para gastos fixos e essenciais, 30% gastos variáveis e que podem ser cortados caso necessário e 20% para investimentos ou criação de um fundo de reserva.

Para entender melhor a regra, o especialista fez uma simulação com um salário de R$ 2 mil. “Com essa renda por mês você consegue separar R$ 1 mil para gastos fixos, R$ 600,00 com gastos variáveis e R$ 400,00 para investimentos ou reserva de emergência”, detalha.

O levantamento da Koin trouxe, ainda, quais são as principais formas de pagamento utilizadas pelos consumidores: 45,8% das pessoas pretendem parcelar as contas para reduzir os impactos, outros 39,5% vão pagar à vista. Já 10,8% vão usar reservas como poupança e investimentos para quitar os boletos.

A pesquisa também revelou o quanto as pessoas esperam desembolsar no período. Quase a metade (45%) acredita que serão gastos mais de R$ 3 mil. Outros 19,8% devem investir entre R$ 2 mil e R$ 3 mil. Os que vão gastar entre mil e R$ 2 mil são 17,5% e outros 8,8% devem desembolsar entre R$ 501 e mil reais.

Lamounier também alerta para a importância de acompanhar de perto as receitas e as despesas para poder se manter sempre no azul. “Identificar os pontos de melhoria, analisar o mercado e traçar os seus objetivos é o básico para o planejamento anual, assim você estará preparado para longos períodos e evitará endividamentos”, analisa o especialista.

Para quem não se planejou, mas pretende quitar as contas em dia, vale lembrar que os pagamentos à vista geralmente oferecem descontos razoáveis, vale negociar e efetuar o pagamento.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

postado em 11/01/2024 15:11 / atualizado em 11/01/2024 15:12
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação