As ações que pagam dividendos são sempre as mais procuradas pelos investidores. E, um ano que acaba com a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) batendo vários recordes no apagar das luzes de 2023, contudo, houve queda de 30% no montante distribuído no ano passado ante o recorde de 2022, totalizando R$ 223 bilhões, conforme levantamento feito pela plataforma Meu Dividendo.
Nessa conta foi incluída a distribuição de Juros sobre Capital Próprio (JCP), que somaram R$ 99 bilhões em 2023, respondendo por 44% do total, maior percentual desde 2020, quando essa rubrica somou R$ 61,1 bilhões de um total de R$ 129,6 bilhões, respondendo por 47% do total de proventos pagos aos acionistas.
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A Petrobras e a Vale foram as empresas que mais distribuíram dividendos em 2023, mas ambas registraram queda nos volumes de bônus pagos aos acionistas, com reduções de 50% e 13%, respectivamente, para R$ 62,8 bilhões e R$ 28,9 bilhões. Em terceiro lugar no ranking das empresas que mais pagaram dividendos está o Banco do Brasil, com R$ 13,1 bilhões de proventos distribuídos aos acionistas neste ano, seguido por Itaú Unibanco, com R$ 12,4 bilhões.
Em 2023, a média de dias de pagamento de dividendos foi de 84, 33,3% acima da média de 63 dias registrada em 2022.
De acordo com Wendell Finotti, principal executivo (CEO) e fundador da Meu Dividendo, como em 2024, deve haver a decisão a respeito das novas regras sobre o uso do JCP pelas companhias. A boa notícia para os investidores é que, por ora, "foi abandonada a ideia de tributar a pessoa física de 15% para 20% na fonte, quando o pagamento do provento ocorrer na forma de JCP".
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