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Vendas de Natal: comércio tem estratégias para o período; confira

Para o Natal, o Sindivarejista do Distrito Federal projeta aumento de 5,4% em vendas, na comparação com o ano passado.

O movimento na loja de roupas infantis Cirandinha está a pleno vapor na semana que antecede o natal. Localizada no Shopping Jardim Botânico, a loja atende o público de crianças recém-nascidas até 8 anos. Camisetas, shorts, calças e tênis. Não há, no momento, um produto que registre maior procura pelas famílias brasilienses. Segundo a dona da Cirandinha, a empresária Bernadeth Martins, é perceptível o aumento no número de clientes neste Natal.

“Ainda não podemos falar em números, mas, com certeza, vem tendo mais vendas no Natal deste ano do que no mesmo período do ano passado", afirmou a empresária. Além da Cirandinha, Bernadeth tem a loja CRT Teens, voltada ao público adolescente (10 a 16 anos).

A percepção da lojista em relação ao aumento de vendas no natal de 2023 é corroborada pelo Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista DF). Presidente da entidade, Sebastião Abritta projeta que as vendas devem subir 5,4% contra 4,7% do Natal passado. "O gasto médio com presentes poderá passar de R$ 221 para R$ 242 de um ano para outro", acrescentou.

Estratégias

Seja nas lojas físicas ou pela internet, Bernadeth conta que seu comércio tem estrutura para atender a clientela. Segundo ela, o contato inicial ocorre pelo WhatsApp.

Arquivo Pessoal - Bernadeth Martins é proprietária das lojas Cirandinha e CRD Teens

“O cliente vê a foto da roupa pela página no Instagram que usamos para divulgação, entra em contato com a gente e pede para reservar a peça. A pessoa, então, vai à nossa loja física, analisa melhor a roupa e aí compra”, comentou Bernadeth sobre uma das estratégias de venda.

Comércio de rua

O uso das plataformas digitais para o contato inicial entre cliente e vendedor também ocorre na loja Autoestima, em Samambaia Norte. Especializada em calçados femininos, utiliza as redes sociais para divulgar produtos e descrever detalhes dos calçados comercializados. 

“Usamos o Instagram para despertar o desejo de nosso público para comprar na Autoestima. É através da rede social que nossa cliente se interessa pelo produto e entra em contato com a gente para ir à loja física e fechar a compra”, disse a dona da loja, Silvana Rabêlo.

Os retratos das lojas de Silvana e Bernadeth refletem a projeção do Sindivarejista em relação às compras nas lojas físicas. Segundo pesquisa feita pelo sindicado em todo o território distrital, 75% dos clientes preferem ir ao estabelecimento para ver o produto e fechar a compra.

Nesse levantamento, o Sindivarejista ouviu 342 consumidores no Plano Piloto e regiões administrativas.

Responsabilidade social e realização de sonhos

Outra estratégia adotada pela empresárias Bernadeth e Silvana é a ideia de que, ao comprar em suas respectivas lojas, o cliente adquire uma experiência para além do produto comercializado. Na Cirandinha, por exemplo, Bernadeth fez uma parceria com a associação de empreendedorismo feminino Nova Cidadania, de Santa Maria. 

A parceria é feita por meio da compra de sacolas produzidas pela associação. Esses produtos são feitos por mulheres com retalhos doados pela Cirandinha.

Elas vendem as sacolas à loja de Bernadeth, que comercializa ou doa como brinde a seus clientes. “Quem compra acima de R$ 200 ganha uma sacola produzida pelas mulheres empreendedoras da associação Nova Cidadania de Santa Maria”, explicou.

Enquanto comprar na loja Cirandinha também pode significar um endosso a um movimento social, adquirir os calçados da Autoestima tem o potencial de realizar sonhos por meio do autocuidado. Segundo a empresária Silvana, participar do clima natalino oferece um sentimento de satisfação pessoal.

“É mágico esse momento de dar um presente a próximas, pessoas queridas e se presentear. Todos querem participar desse movimento porque é gostoso e melhora a autoestima das pessoas”, pontuou Silvana.

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