Conjuntura

Correio debate emergência climática e transição energética

Emergência climática e transição energética são um dos temas abordados hoje no CB Debate Desafios 2024. Coordenadora do Observatório do Clima comenta sobre desmate na Amazônia e desenvolvimento sustentável

A emergência climática e a transição energética dominaram os debates mundiais este ano, de modo a desafiar a economia globalizada e a própria sobrevivência do planeta. O tema é um dos focos do CB Debate Desafios 2024: o Brasil no rumo do crescimento sustentado, promovido pelo Correio Braziliense. O evento ocorre hoje, com transmissão ao vivo pelo YouTube do jornal. A partir de 14h30, na sede do jornal, nomes relevantes do setor público e privado debatem as perspectivas para o próximo ano em relação à economia, ao desenvolvimento social e ao meio ambiente.

Suely Araújo, coordenadora de políticas públicas do Observatório do Clima e convidada do painel O clima não pode esperar, destaca a gravidade da crise climática. "Temos eventos extremos acontecendo em todo o mundo. O planeta está dando sinais claros para nós de que não aguenta mais", aponta.

"Na política ambiental, 2024 demandará a continuidade dos esforços de controle do desmatamento, abrangendo também a intensificação do controle no cerrado", ressalta Araújo. A especialista considera a redução da exploração de petróleo como um dos fatores essenciais para avanços na política energética e na descarbonização do país. A eliminação de combustíveis fósseis foi um dos pontos polêmicos da 28ª conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), realizada em Dubai.

Suely Araújo elogia os avanços do governo federal no combate ao desmatamento na Amazônia. No entanto, a produção de petróleo é algo que preocupa. "Não é nos combustíveis fósseis que encontraremos o modelo de um país descarbonizado e justo socialmente", acrescenta.

Segundo a especialista, é necessário atuar tanto em mitigação das emissões de gases de efeito estufa, quanto em iniciativas de adaptação à mudança do clima. O segundo ponto, que busca reduzir riscos associados a desastres naturais, é ainda uma área em que o país caminha a passos lentos segundo a coordenadora. Entre essas medidas, estão afastar construções da costa marítima e desenvolver variedades agrícolas mais resistentes ao calor.

"É muito importante realizar debates como este, a sociedade precisa discutir o país que temos e o que queremos", acrescenta.

Autoridades do governo federal, analistas e pesquisadores acadêmicos são alguns dos convidados do CB Debate. O evento será mediado pelos jornalistas Os jornalistas Vicente Nunes e Denise Rothenburg. 

Programação

  •  Abertura - 14h30

- Guilherme Machado, Presidente do Correio Braziliense

-Jader Barbalho Filho, Ministro das Cidades do Brasil

- Tiago Oliveira, Diretor Executivo da Caixa Econômica Federal

  • Painel 1: Emprego, renda e investimento: ferramentas para um futuro mais justo.

- Bernad Appy, Secrtário Extraordinário da Reforma Tributária

- Vagner Freitas de Moraes, Presidente do Conselho Nacional do Sesi.

- Vilma Pinto, Diretora da Instituição Fiscal Independente.

 Palestra Magna:

- Armínio Fraga, Sócio fundador da Gávea Investimentos

  • Painel 2: Um mundo complexo e desafiador: onde o Brasil se encaixa.

- Welber Barral, sócio da BMJ Consultoria.

- José Luis Oreiro, professor associado do departamento de Economia da UnB e pesquisador do CNPq.

- Alessandra Ribeiro, economista e sócia-diretora da Tendências Consultoria

- Sandra Utsumi, Diretora executiva do Banco Haintong em Portugal

  •  Painel 3: O clima não pode esperar.

- Eduardo Aroeira, vice-presidente Câmara Brasileira da Construção Civil (CBIC).

- Rodrigo Agostinho, Presidente do IBAMA.

- Suely Araújo, coordenadora do Observatório do Clima.

Encerramento:

- Roberto Campos Neto, Presidente do Banco Central

- Gustavo Guimarães, Secretário executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento.

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