O desenvolvimento do país, especialmente na área da saúde, passa pela inovação, porque, sem ela, não há como aumentar a capacidade de medicamentos e de Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs), destaca Luís Felipe Giesteira, diretor do Departamento de Desenvolvimento da Indústria de Alta Complexidade Tecnológica do Ministério do Desenvolvimento Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
De acordo com o especialista, para o país reduzir o deficit de importação de medicamentos inovadores, como novas moléculas e IFAs, é necessário atacar em várias frentes e aprimorar os modelos de inovação, indo muito além do relacionamento entre empresa e universidade. "Sem inovação não vamos muito longe", ressaltou Giesteira, nesta quarta-feira (13/12), no seminário CB Fórum: Complexo Econômico-Industrial da Saúde: Desenvolvimento, inovação e acesso, realizado pelo Correio Braziliense em parceria com a Johnson&Johnson.
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"Trabalhamos para aprimorar a governança, e, nisso, a importância dos programas mais focados um pouco na inovação local. E estamos trabalhando na base para fazer isso, porque quando nós pensamos em inovação, não estamos falando apenas de uma coisa que, no velho modelo linear, fazemos alguma coisa de laboratório ou fazemos alguma coisa na universidade e as empresas vão lá e pegam isso e levam ao mercado. E tá tudo bem, tá. É preciso que a inovação seja um ótimo negócio para as empresas que operam no Brasil", afirmou.
Gesteira participou do painel "Desafios para o Brasil: as parcerias para o desenvolvimento produtivo e os ganhos para a população", do Fórum. Assim como os demais palestrantes, ele lembrou que é importante que, ao retomar incentivos para o complexo industrial da saúde, o país precisará ter capacidade para exportar e não apenas atender o mercado interno para conseguir reduzir o deficit atual, que ainda é muito elevado no setor. "E para não deixarmos todos aqui com uma visão um pouco pessimista, eu devo chamar a atenção que a parte de dispositivos médicos que é caracterizada por empresas na média um pouco menores até, mas com uma elevadíssima intensidade de inovação, esses vêm conseguindo aumentar as exportações", afirmou. O técnico destacou que, nos últimos anos, o deficit diminuiu e as exportações do segmento estão aumentando e a uma taxa superior à do conjunto da indústria da transformação.
"Existem muitas peculiaridades da saúde, em particular, da indústria de medicamentos, como, por exemplo, o elevadíssimo coeficiente de inovação de gastos", destacou. Ele lembrou que a complexidade tecnológica do setor é bastante elevada e o momento atual é muito diferente do passado, quando a tecnologia e os medicamentos não eram tão avançados como atualmente. "De forma geral as empresas desse setor (da saúde) se destacam por ter um índice de gasto em P&D (Pesquisa & Desenvolvimento) muito alto. Esse patamar é de quatro vezes acima da média da indústria quando a gente pensa globalmente. No caso brasileiro é em torno de 2,5 vezes. Mas a parte boa é que a gente está crescendo nos últimos anos", explicou.
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