A indústria farmacêutica do Brasil está entre as 10 maiores do mundo, no entanto, o país importa 90% da matéria-prima para a produção de medicamentos e vacinas. Reduzir a dependência externa é uma das prioridades para o setor, segundo Márcio Elias Rosa, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic).
Elias destacou que o país precisa promover a desburocratização para que o Brasil consiga inovar no setor de saúde. “O Brasil e a Coreia do Sul têm a mesma produção científica, só que a Coreia e o Brasil têm grande gap no registro de propriedade intelectual e propriedades industriais, na hora de transformar aquilo em inovação, o Brasil perde”, contou durante o CB Fórum Complexo Econômico-Industrial da Saúde: desenvolvimento, inovação e acesso.
- Desafios do Complexo Econômico-Industrial da Saúde em debate
- Extensão de patentes custaria R$ 1,6 bi ao SUS, diz presidente do Grupo Farma
- CB Fórum discute desafios das indústrias de insumos e tecnologias para saúde
O evento, realizado em parceria com a Johnson & Johnson, empresa global líder em cuidados de saúde, reúne alguns dos maiores especialistas na área. O debate foca os desafios e oportunidades do complexo da saúde, que engloba as indústrias de base química e biotecnológica (fármacos, medicamentos, vacinas e reagentes) e mecânica, eletrônica e de materiais (equipamentos mecânicos, eletrônicos, próteses, órteses e materiais) — diretamente integradas aos serviços de saúde.
O secretário-executivo do Midic defendeu um “adensamento tecnológico”, com a aproximação da comunidade científica com o setor produtivo. “O compromisso do governo atual é de retomada de investimentos, reduzir a nossa dependência externa, devolver a produção industrial e oferecer de fato condições razoáveis para o maior sistema de saúde do mundo, que é o SUS (Sistema Único de Saúde)”, disse.
“A razão de existir o Estado para interferir na vida das pessoas é de que há de ser para melhorar a vida das pessoas. O Estado não se justifica se não desenvolver uma política industrial para uma área que está no epicentro dos direitos humanos, que é a saúde”, acrescentou.
Acompanhe a cobertura pelo X
Saiba Mais
-
Economia Investimento no complexo industrial aumentará para R$ 60 bilhões
-
Economia Geap estuda reduzir o preço do plano de saúde para servidores
-
Economia Salário mínimo deve subir para pelo menos R$ 1.412 em janeiro
-
Economia Pesquisa: consumidores defendem maior taxação para e-commerce internacionais
-
Economia Tebet detalha rotas de integração sul-americana que receberão US$ 10 bi de bancos
-
Economia Por acordo de líderes, relator da LDO retira o sistema S do orçamento de 2024