Puxado pelo grupo de alimentação e bebidas, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, acelerou a 0,28% em novembro, após registrar uma taxa de 0,24% em outubro. Segundo os dados, divulgados pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (12/12), a inflação acumula alta de 4,04% no ano.
Apesar disso, a taxa acumulada em 12 meses recuou de 4,82% para 4,68%, dentro do intervalo permitido da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Em 2023, o centro da medida perseguida pela autoridade monetária é de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, por isso ela é considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,75% e 4,75% neste ano. A última vez que a inflação oficial fechou o ano dentro do limite foi em 2020.
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Seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta no mês de novembro, com destaque para alimentação e bebidas, que registrou a maior variação (0,63%) e o maior impacto sobre o indicador. O grupo já vinha de uma alta de 0,31% em outubro.
As altas da cebola, da batata-inglesa, do arroz e das carnes pressionaram a variação de 0,75% do subgrupo alimentação no domicílio. Entre as quedas, destacam-se o tomate, a cenoura e o leite longa vida. A alimentação fora de domicílio também registrou alta de 0,32%, com destaque para o preço da refeição.
A segunda maior alta no mês veio do grupo de habitação, que registrou alta de 0,48%. De acordo com a pesquisa, o resultado se deu influenciado por diversos reajustes que foram aplicados por concessionárias de serviços públicos. A energia elétrica residencial fechou o mês com preços 1,07% acima do mês anterior, por conta dos reajustes aplicados em Brasília, Goiânia, São Paulo e Porto Alegre.
Passagens aéreas
O preço das passagens aéreas (19,12%) foi novamente o vilão para a alta da inflação do grupo de transportes, que ficou em 0,27%. O subitem registrou a maior contribuição individual no índice do mês. Já o preço dos combustíveis registrou queda de 1,58%, devido à redução dos preços da gasolina e do etanol. Apenas o óleo diesel e o gás veicular apresentaram alta.
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