A produção industrial brasileira variou 0,1% na passagem de setembro para outubro, o baixo dinamismo observado nos últimos meses. Segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), em comparação ao mesmo mês do ano anterior, a produção subiu 1,2%. No entanto, o segmento apresenta variação nula no acumulado dos últimos 12 meses. O levantamento foi divulgado nesta sexta-feira (1º/12), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O fraco desempenho foi disseminado. A principal influência que sustentou a variação positiva foram os produtos alimentícios, que apresentaram um avanço de 1,6%. “Por outro lado, os ramos de derivados do petróleo e biocombustíveis e indústrias extrativas exercem as principais influências negativas na média do setor industrial, com os dois setores voltando a recuar, após avançarem no mês anterior”, observou o gerente da pesquisa, André Macedo.
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Mesmo com o ligeiro saldo positivo verificado nos três últimos meses, o setor industrial ainda se encontra 1,6% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 18,1% abaixo do ponto mais elevado da série histórica, alcançado em maio de 2011.
Das 25 atividades investigadas na pesquisa, 11 registraram queda, com destaque para coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,4%) e indústrias extrativas (-1,1%) exerceram os principais impactos em outubro de 2023.
No lado das altas, além dos produtos alimentícios, outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,7%), de máquinas e equipamentos (2,4%) e de produtos de metal (2,3%).
Três das quatro grandes categorias ficaram no campo negativo, bens intermediários (0,9%) foi a única taxa positiva em outubro. Por outro lado, o setor produtor de bens de consumo duráveis (-2,4%) teve a queda mais intensa neste mês e marcou o segundo mês seguido de recuo na produção, acumulando nesse período redução de 6,7%.
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