O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), informou que, em assembleia geral realizada nesta quarta-feira (20/12), os servidores do Banco Central aprovaram o Estado de Greve Geral. A decisão é uma resposta à análise do texto aprovado da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e das mudanças solicitadas para a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2024.
A deliberação ocorreu em virtude do reconhecimento de que os auditores fiscais da Receita Federal e a Polícia Federal obtiveram concessões no referido texto e podem receber propostas salariais do governo nos próximos dias, enquanto os funcionários do Banco Central foram excluídos dessas possibilidades. Diante dessa disparidade, o Banco Central anuncia o Estado de Greve como uma declaração política para o ano de 2024.
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Segundo o sindicato, o estado de greve geral, aprovado em assembleia geral, reflete a insatisfação dos servidores do Banco Central em relação à falta de consideração para com suas demandas. “Em se confirmando o tratamento desigual para o BC, em desfavor das outras carreiras, uma assembleia específica no BC será convocada em seguida para decidir pela greve”, disse o presidente nacional do Sinal, Fábio Faiad.
Segundo ele, o texto aprovado da LDO e as mudanças na LOA 2024 beneficiaram auditores fiscais da Receita Federal e a Polícia Federal, deixando de lado os servidores do Banco Central.
Possíveis impactos em cenário de greve
Segundo o Sindicato, o Estado de Greve Geral pode impactar algumas questões no Banco Central, como a obstrução profunda na gestão do Banco Central, resultando em atrasos e não-entrega de serviços; manutenção do Pix pode ficar prejudicada, trazendo risco à continuidade dos serviços; maior impacto na conclusão de projetos em curso, como o Drex, supervisão de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Financiamento do Terrorismo, e regulamentação de ativos virtuais; e possíveis adiamentos e suspensões de atividades com a participação dos agentes do mercado financeiro.
O Sinal destaca a importância do Banco Central para a estabilidade econômica do país e a responsabilidade do governo em considerar equitativamente todas as carreiras estratégicas.
Faiad enfatiza a urgência de uma resposta do governo para corrigir as disparidades e ressalta a disposição dos servidores em defender seus direitos.
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