Engenharia e sustentabilidade devem andar juntos, diz Eduardo Aroeira

Aroeira diz que a a CBIC acompanha as mudanças na legislação para manter o setor da construção atualizado e participando dos debates em torno da consolidação de um marco legal para o licenciamento ambiental. - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press)

Fernanda Strickland

Repórter

Formada em jornalismo na Universidade Paulista (UNIP). É repórter de economia do Correio Braziliense desde 2020. Participou do Estágio de Correspondentes de Assuntos Militares (ECAM) 2019. Já passou pelas assessorias de comunicação da Embrapa e do IFB.

postado em 19/12/2023 21:10

O vice-presidente da Câmara Brasileira da Construção Civil (CBIC), Eduardo Aroeira, destacou que a engenharia tem tudo haver com sustentabilidade. A afirmação foi realizada durante CB Debate Desafios 2024: o Brasil no rumo do crescimento sustentado, promovido pelo Correio Braziliense, nesta terça-feira (19/12).

“A comissão de meio ambiente e sustentabilidade, CMA, ligado a CBIC, é uma comissão técnica que coordena e desenvolve ações destinadas a disseminar a sustentabilidade na nossa indústria. A comissão tem temas estratégicos como eixos de atuação: recursos hídricos, energia renovável, resíduos sólidos, cidades sustentáveis, legislação ambiental, entre outros”.

Segundo Aroeira, a CBIC segue acompanhando as mudanças na legislação, de forma a manter o setor da construção atualizado e participando dos debates em torno da consolidação de um marco legal para o licenciamento ambiental. “Eu sou aqui de Brasília, sou da CBIC, um brasiliense, e todos nós que moramos em Brasília sabemos o que uma legislação incompleta e sem segurança pode fazer com uma cidade que nasceu para ser planejada”, disse.

“Hoje aqui no Distrito Federal, nós temos mais de 40% do nosso território com ocupações ilegais. Maior exemplo é Vicente Pires. Era o nosso anel verde, a gente plantava hortaliças lá. Todas as hortaliças, que a gente comia aqui no Distrito Federal, na década de 80, saía de lá”, exemplificou o vice-presidente da CBIC.

De acordo com ele, Vicente Pires se tornou uma cidade de péssima qualidade urbanística e qualidade de vida, com alagamentos frequentes. “O que a legislação ambiental tem haver com isso? Tem haver que, quando a gente não tem uma legislação que garante, os deveres e os direitos claramente, nós acabamos por beneficiar justamente quem está a parte da lei, que no caso, aqui no Distrito Federal, foram esses invasores de terra e fizeram uma grilagem em quase todo o nosso território”, pontuou.

Importância da Madeira

Em maio de 2023, uma delegação da CBIC integrou uma comitiva internacional formada por representantes de toda a cadeia produtiva do setor da construção para visitar iniciativas e projetos desenvolvidos em países europeus que utilizam a madeira engenheira na estrutura e composição das edificações.

“É importante se dizer que quando se fala em construções e madeiras, logo pensamos de casa, pois é o mais comum. A gente conhece bastante nos Estados Unidos e na Europa. Mas não, hoje em dia a tecnologia está muito mais avançada”, explicou Aroeira.

Segundo o vice-presidente da CBIC, a adoção deste sistema construtivo traz ganhos ambientais e representa uma inovação nos processos do setor imobiliário, tornando os canteiros de obras mais produtivos e sustentáveis. "Nos temos consciência que, além da sustentabilidade, não temos como deixar de nos preocupar também com a produtividade, e a madeira pode trazer essas duas soluções para o nossos métodos construtivos”, disse.