O Movimento Brasil Competitivo (MBC) e a Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo (FPBC) emitiram uma nota, nesta quarta-feira (13/12), na qual defendem a aprovação da reforma tributária no Congresso Nacional. As entidades sustentam que a criação de um ambiente normativo que proporcione segurança jurídica ao setor produtivo é fundamental para a sustentação do crescimento econômico.
“O texto é positivo e meritório, sobretudo pela diminuição da complexidade do sistema tributário, a não cumulatividade plena, a tributação no destino, o aumento da transparência da incidência de impostos sobre produtos e serviços, assim como pelos mecanismos que trazem progressividade para o sistema. Assim, apoiamos a aprovação do texto e acreditamos que futuras regulamentações podem endereçar ajustes necessários para maior segurança jurídica aos contribuintes”, declararam, em nota, as entidades.
Apesar do reconhecimento, o MBC e a FBPC pontuaram que ainda há uma preocupação em relação às exceções acatadas durante a tramitação do projeto. Eles lembram que, quanto mais exceções tiverem, maior será a alíquota base do Imposto Sobre o Valor Agregado (IVA), que, por enquanto, está entre 25% e 30%.
- Eduardo Braga sobre reforma tributária: "Esperança de ser aprovada este ano"
- Padilha: governo vai trabalhar para manter vetos de Lula ao marco fiscal
- Haddad diz que governo não vai usar todo o Orçamento de 2023
Com isso, eles levantaram alguns pontos de preocupação que poderiam ser aprimorados na lei. Entre eles, sobre o imposto seletivo, as entidades afirmam que a incidência em atividades de extração pode ferir o princípio de não cumulatividade do sistema e defendem uma maior clareza na definição do que são atividades prejudiciais ao meio ambiente e à saúde.
Além disso, eles afirmam que a não definição de uma alíquota máxima pode gerar insegurança sobre o aumento da carga tributária no país, e que a grande quantidade de setores com alíquotas diferenciadas e a prorrogação de benefícios fiscais são responsáveis pelo aumento da alíquota base.
“Apesar do risco iminente de se ter o maior IVA do mundo, ainda sim a reforma pode trazer vantagens, como por exemplo a transparência sobre a incidência de impostos sobre produtos e serviços, já que o percentual de tributos informado na nota fiscal vai corresponder exatamente ao pago”, ressaltou, ainda, em nota, as duas entidades.
*Estagiário sob a supervisão de Pedro Grigori
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br