Indústria farmacêutica

"Precisamos reduzir a nossa dependência externa", diz secretário do Mdic

As inovações para o setor de saúde são tema de debate do CB Fórum Complexo Econômico-Industrial da Saúde: desenvolvimento, inovação e acesso

O secretário-executivo do Midic defendeu um
O secretário-executivo do Midic defendeu um "adensamento tecnológico", com a aproximação da comunidade científica com o setor produtivo - (crédito: Marcelo Ferreira/ CB/ D.APress)
postado em 13/12/2023 11:14 / atualizado em 13/12/2023 11:19

A indústria farmacêutica do Brasil está entre as 10 maiores do mundo, no entanto, o país importa 90% da matéria-prima para a produção de medicamentos e vacinas. Reduzir a dependência externa é uma das prioridades para o setor, segundo Márcio Elias Rosa, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic).

Elias destacou que o país precisa promover a desburocratização para que o Brasil consiga inovar no setor de saúde. “O Brasil e a Coreia do Sul têm a mesma produção científica, só que a Coreia e o Brasil têm grande gap no registro de propriedade intelectual e propriedades industriais, na hora de transformar aquilo em inovação, o Brasil perde”, contou durante o CB Fórum Complexo Econômico-Industrial da Saúde: desenvolvimento, inovação e acesso.

O evento, realizado em parceria com a Johnson & Johnson, empresa global líder em cuidados de saúde, reúne alguns dos maiores especialistas na área. O debate foca os desafios e oportunidades do complexo da saúde, que engloba as indústrias de base química e biotecnológica (fármacos, medicamentos, vacinas e reagentes) e mecânica, eletrônica e de materiais (equipamentos mecânicos, eletrônicos, próteses, órteses e materiais) — diretamente integradas aos serviços de saúde.

O secretário-executivo do Midic defendeu um “adensamento tecnológico”, com a aproximação da comunidade científica com o setor produtivo. “O compromisso do governo atual é de retomada de investimentos, reduzir a nossa dependência externa, devolver a produção industrial e oferecer de fato condições razoáveis para o maior sistema de saúde do mundo, que é o SUS (Sistema Único de Saúde)”, disse.

“A razão de existir o Estado para interferir na vida das pessoas é de que há de ser para melhorar a vida das pessoas. O Estado não se justifica se não desenvolver uma política industrial para uma área que está no epicentro dos direitos humanos, que é a saúde”, acrescentou.

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