Governo pedirá prorrogação do prazo para pagamento da dívida de MG

O ministro da Fazenda criticou a postura do governador Romeu Zema (Novo) nas negociações e disse que a dívida do estado passou de R$ 100 bilhões para R$ 160 bilhões em sua gestão

Na ocasião, Haddad e Pacheco debateram a proposta apresentada pelo presidente do Senado, que busca um acordo com a União -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
Na ocasião, Haddad e Pacheco debateram a proposta apresentada pelo presidente do Senado, que busca um acordo com a União - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
postado em 07/12/2023 13:54

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (7/12), que o governo federal pedirá à Justiça uma extensão do prazo para pagamento da dívida de Minas Gerais até 31 de março de 2024. Ele criticou a postura do governador, Romeu Zema (Novo), na renegociação da dívida do Estado com a União. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é quem tem encabeçado as discussões sobre o assunto.

“Inexplicavelmente, o Zema, ao invés de se aliar com o presidente Pacheco para resolver o problema, ataca nas redes sociais e na imprensa alguém que foi o único com autoridade a tomar providências em relação a isso”, disse, após reunião com o presidente do Senado.

Haddad disse que Pacheco está “muito preocupado” com a situação do estado. Segundo ele, a dívida durante o governo de Zema subiu de R$ 100 bilhões para R$ 160 bilhões. “Aqui fica o apelo, para que o governador Romeu Zema adote uma posição mais construtiva, menos conflitiva do presidente do Congresso Nacional, que afinal vai deliberar sobre o tema”, declarou.

Na ocasião, Haddad e Pacheco debateram a proposta apresentada pelo presidente do Senado, que busca um acordo com a União. O ministro disse que a alternativa está sendo analisada e envolve a concessão de ativos estaduais, como algumas estatais, e créditos a serem recebidos.

Uma questão que está sendo averiguada é a situação dos acionistas minoritários das companhias que são controladas pelos governos. “Nós temos que cuidar com muita cautela isso para não gerar um passivo, para não cometer nenhuma irresponsabilidade, fazer as coisas de acordo com a lei, de maneira preservar também o erário público de possíveis demandas”, explicou Haddad.

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