Aproximadamente 470 mil brasileiros poderão reaver suas perdas causadas pelos planos econômicos Bresser, Verão Callor I e Collor II em um acordo coletivo firmado em 2017. O levantamento foi feito pela Frente Brasileira Pelos Poupadores (Febrapo) e estima que os brasileiros podem receber de R$ 3 mil a R$ 100 mil, ainda este ano.
A Febrapo aponta que 70% dessas pessoas têm a receber até R$ 30 mil. A instituição estima que 300 mil pessoas já foram beneficiadas pelo acordo coletivo. Após a adesão, o dinheiro é devolvido em até 15 dias.
Os poupadores que decidirem não aderir ao acordo continuam com suas ações, mas sem garantia ou previsão de ressarcimento, já que os processos estão suspensos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
- Banco Central: setor público tem superávit primário de mais de R$ 14,7 bi
- Desenrola vai até março de 2024 e renegociação digital será facilitada
- Haddad volta a Brasília para tratar da agenda econômica no Congresso
Para saber que tem algum valor a receber, é necessário entrar em contato com a Febrapo. Aqueles que já sabem o andamento do processo e que querem realizar o acordo para receber o dinheiro também devem entrar em contato com a entidade.
Os bancos parceiros que estão participando do acordo são: Banco Itaú, Banco Bradesco, Banco Santander, Banco do Brasil, Banco Safra e Caixa Econômica Federal.
Entenda o que foram os planos
Os planos econômicos Bresser, Verão Callor I e Collor II foram tentativas de conter a hiperinflação. O Plano Bresser, implementado em 1987 pelo então ministro da Fazenda, Luiz Carlos Bresser Pereira, durante o governo de José Sarney, uma das medidas foi o congelamento de preços e salário e a desvalorização da taxa de câmbio.
Ainda no governo Sarney aconteceu o Plano Verão, que inclui o congelamento de preços por tempo indeterminado, mudanças na remuneração da poupança, controle de gastos e a introdução de uma nova moeda, o Cruzado Novo.
Já no governo de Fernando Collor de Mello, o presidente implementou planos econômicos como o controle do câmbio, privatização de empresas públicas, redução de ministérios e a mudança da moeda de Cruzado para Cruzeiro. Além disso aconteceu o confisco da caderneta de poupança, onde o governo reteve os fundos dos poupadores, prometendo devolvê-los após 18 meses com juros, o que não ocorreu.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br