Após a divulgação dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (5/11) que o resultado "surpreendeu" ao mostrar crescimento e reafirmou a estimativa, divulgada em novembro pela Secretaria de Política Econômica, de que a economia vai crescer 3% neste ano.
O desempenho do terceiro trimestre contrariou a expectativa da maioria dos analistas de mercado, que esperavam por uma queda de 0,3%. “Nós tivemos um PIB positivo, mas fraco, mas com os cortes nas taxas de juros, nós esperamos que neste ano nós fechemos o PIB em mais de 3% de crescimento e esperamos um crescimento na faixa de 2,5% no ano que vem”, declarou.
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Haddad disse ainda que “o Banco Central precisa fazer o trabalho dele", para que o cenário se concretize, em uma alusão ao processo de corte da taxa básica de juros (Selic). O início do ciclo do corte de juros teve início em agosto, desde então foram três cortes consecutivos, fazendo com que a taxa chegasse em 12,25% ao ano - o menor patamar desde maio de 2022. O mercado estima ainda nova redução neste mês, para que a Selic termine em 11,75% ao ano.
“Quero alertar para o seguinte, a taxa de juros real no Brasil atingiu seu patamar mais alto em meados de junho, então foi pior momento da taxa de juros em termos reais, ou seja, a taxa de juros descontada a inflação”, comentou o ministro.
Investimentos
O chefe da equipe econômica também comentou sobre a participação da comitiva brasileira na Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, a COP 28. Segundo ele, a Arábia Saudita confirmaram a intenção de investir no Brasil. “Eles fizeram um aporte grande de recursos na exploração de minerais críticos, e agora reconfirmaram que vai atingir US$ 10 bilhões de investimentos em empresas e projetos de infraestrutura no Brasil”, destacou Haddad, que disse esperar ainda uma nova rodada de investimentos industriais da Alemanha no Brasil.
O ministro definiu que o “sucesso econômico” do país depende ainda do compromisso com a preservação da floresta. “Para nós crescermos, nós precisamos continuar investindo em energia limpa, energia eólica, solar, hidrogênio, e a expectativa da Europa em relação ao Brasil como exportador de energia limpa é muito grande. O Brasil é parte da solução dos problemas que o mundo está enfrentando”, finalizou.
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