Banco Central

Campos Neto defende que autoridades monetárias vigiem mudanças climáticas

Segundo o presidente do BC, este é um tema fundamental durante a presidência do Brasil no grupo das 20 maiores economias do mundo (G20), que começou no último dia 10

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto
       -  (crédito: Sergio Lima / AFP)
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto - (crédito: Sergio Lima / AFP)
postado em 04/12/2023 17:32

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirma que as mudanças climáticas está “intrinsecamente ligada” ao mandato da autarquia. Ele defendeu ainda que as autoridades monetárias devem monitorar de perto o impacto das mudanças climáticas para o mundo. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (4/11), durante a LiveBC, que teve como tema “O BC na visão de Roberto Campos Neto".

"A mudança climática está intrinsecamente ligada ao nosso mandato", afirmou. Campos Neto salientou que este é um tema fundamental durante a presidência do Brasil no grupo das 20 maiores economias do mundo (G20), que começou no último dia 10.

Em sua argumentação, Campos Neto utilizou a correlação entre os preços dos produtos e os fenômenos naturais como exemplo. Ele destacou que essa relação está diretamente ligada à volatilidade dos preços dos alimentos, o que acaba impactando também a volatilidade da inflação, que é um dos objetivos do Banco Central.

Ele também citou o impacto de desastres sobre energia, que tem a ver com estabilidade financeira. "Este é outro mandato do BC", acrescentou.

Durante as reuniões do Banco de Compensações Internacionais (BIS), Campos Neto ressaltou que o tema tem sido amplamente discutido. Nesse contexto, surgem grandes questionamentos sobre a necessidade dos bancos centrais aplicarem testes de estresse nas instituições financeiras relacionados ao clima, bem como a importância de se preocupar mais com a volatilidade dos preços dos alimentos, por exemplo.

O mercado de carbono, conforme o presidente, é outro lado desse debate. "O Brasil e o mundo precisam se envolver e desenvolver esse mercado", defendeu. "O Brasil deveria ter papel fundamental na criação e regulação desse mercado, pois temos oportunidade de monetizar a floresta e é importante que o BC esteja inserido nesse tema", continuou.

Com Agência Estado

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