Brasil avalia se associar a Organização de Países Exportadores de Petróleo

Ministro de Minas e Energia reforçou que uma eventual entrada do Brasil no grupo não significa qualquer compromisso com cortes de produção de petróleo

Segundo Silveira, o convite foi feito pela Arábia Saudita durante visita de Lula a capital Riade

Joédson Alves/Agência Brasil

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) apresentou um convite formal para que o Brasil faça parte do bloco, na condição de membro associado. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta quinta-feira (30/11) que o governo está avaliando a possibilidade.

O prazo é curto, pois a parceria teria início já a partir de janeiro de 2024. O tema será debatido pelos ministérios de Minas e Energia, Fazenda, Meio Ambiente e Relações Exteriores, mas a decisão final caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Segundo Silveira, o convite foi feito pela Arábia Saudita durante visita de Lula a capital Riade. “Houve um convite da Arábia Saudita. É importante esclarecer à sociedade brasileira que existe um caminho a ser percorrido, que é a análise dos termos de participação na Opep +. Não há compromissos com cortes de produção. Os países da Opep+ apenas participam de uma plataforma de discussão”, afirmou Silveira, em Dubai, onde participa da 28ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP28.

Os países membros da Opep têm obrigações a cumprir, como o aumento ou a redução da produção de petróleo. Na Opep+, grupo formado por 23 países entre membros e aliados, não há esse tipo de situação.

O ministro reforçou que uma eventual entrada do Brasil no grupo não significa qualquer compromisso com cortes de produção de petróleo. “A Opep+ é uma plataforma de discussão da indústria petroleira, onde poderemos discutir transição energética", disse Silveira.